Na avaliação do relator, essas atitudes desrespeitaram o Regimento e o Código de Ética da Casa. "Minha expectativa é que a decisão do STF sirva de base para que o processo ande regularmente, sem abusos ou manobras fora das regras", afirmou.
Sobre o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), aliado de Cunha, o deputado disse esperar que ele não seja tão "ousado" em suas atitudes e que entenda a gravidade da situação pela qual o País passa.
Para o deputado, houve interferência do Judiciário em assuntos do Legislativo. "Também acho que houve, mas a pergunta não é essa. A pergunta é: essa intervenção era ou não era necessária?", questionou. Segundo ele, Cunha apresentou em diversos momentos comportamento agressivo e intempestivo. "Não há como negar que havia interferência clara, indevida, ilegal e antirregimental no processo."
Para Rogério, no entanto, o afastamento de Cunha não deve mudar o placar de votos no Conselho de Ética.
O deputado fez um apelo para que os integrantes do Conselho de Ética votem "sem paixão", mas com a "convicção de que estão fazendo a coisa certa". O deputado não antecipou o conteúdo de seu parecer, mas disse que ele será baseado no conjunto de provas apresentadas. "Minha posição será coerente com o conjunto de fatos trazidas na instrução do processo.".