Embora ressalve que não tenha afirmado se concorda ou não com a decisão de Teori, Ayres Britto disse que o relator da Operação Lava Jato no Supremo enfrentou todas as questões jurídicas que se colocaram no caso nas 73 páginas da decisão.
Para o ex-presidente do STF, Teori tomou essa decisão, mesmo após quase cinco meses do pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), diante da "gravidade da situação".
Mesmo não constando da fundamentação do pedido original da PGR em dezembro, Teori Zavascki avaliou em sua decisão o fato de que Cunha, réu na Lava Jato, poderá assumir a presidência da República em breve, diante do afastamento iminente de Dilma Rousseff e da assunção do vice-presidente Michel Temer. Com Temer temporariamente no comando do País, Cunha vira o primeiro na linha sucessória e a Constituição veda que réus assumam a presidência.
"Quem é réu não pode ser presidente", avaliou o ex-presidente do STF, destacando o que consta no texto constitucional.
O Supremo se reúne nesta tarde para decidir se confirma, revoga ou altera parcialmente a decisão de Teori Zavascki..