Nomeados do PMDB em Minas estão indecisos para deixar os cargos

Maria Clara Prates
Apesar de o PMDB ter gasto apenas três minutos para decidir deixar oficialmente o governo Dilma Rousseff, um dia depois, ocupantes de cargos comissionados em Minas permaneciam em seus postos de trabalho.
No estado, o cenário é de absoluta indefinição. O diretório mineiro decidiu, na  segunda-feira passada, apoiar o desembarque nacional do governo, conforme o presidente do PMDB mo estado e vice-governador, Antônio Andrade.

Além do deputado federal Mauro Lopes, ministro da Aviação Civil, o partido tem nomes indicados por peemedebistas ocupando cargos no comando do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Ceasa e na Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). O diretor-presidente da Ceasa, Gustavo Alberto França Fonseca, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que somente hoje deve anunciar sua decisão.

Na Codevasf, o superintendente Dimas Rodrigues permanece no cargo e informou que está aguardando uma orientação do partido e não sabe quando isso deve acontecer. O presidente do DNPM, Paulo Sérgio Costa Almeida, não foi encontrado, mas funcionários afirmaram que não houve alterações no comando do órgão até a tarde de ontem.

Desaprovação

Pesquisa Ibope/Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 69% da população considera o governo da presidente Dilma Rousseff ruim ou péssimo. A parcela que avalia a atual gestão como ótima ou boa atingiu 10%. Já os que consideram o governo regular somaram 19%.  De acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados desaprovam a maneira de governar de Dilma, enquanto 14% aprovam. Não souberam ou não responderam 3%.
O Ibope também perguntou sobre a confiança em relação à presidente. A parcela dos que não confiam nela atingiu 80%  – o pior nível desde o governo José Sarney, quando em junho de 1989 a parcela que não confiava em Sarney era de 80%. Na pesquisa, realizada entre 17 e 20 deste mês, foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios.
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