"Nós descemos do palanque e fomos tratar de fazer um ajuste que dizíamos que não íamos fazer", disse ao explicar que o ajuste tocou em questões "caras" ao movimento sindical, como direitos trabalhistas e previdenciários. "Quando fizemos o ajuste, jogamos um balde de água gelada na nossa base, a começar pelo movimento sindical, movimentos de moradia. Essas pessoas ficaram profundamente irritadas. De outubro (de 2014) a março (de 2015), jogamos fora quase 80% das pessoas que tinham votado na gente. A insatisfação não é apenas daqueles que carregam o Pixuleco, a insatisfação está dentro da fábrica, nos catadores de papel aqui em São Paulo, nos estudantes."
Lula voltou a defender que solução para o Brasil é reaquecer o crédito e estimular o consumo dos mais pobres - para ele, a camada da população que pode salvar a economia do País. O ex-presidente disse também que Dilma deve apostar nos programas sociais, como Minha Casa, Minha Vida, Fies, Pronatec e Prouni. "Tem que vender para as pessoas que esse País não vai deixar de garantir que sua juventude tenha o futuro garantido", afirmou.
O petista disse ainda que a corrupção afeta qualquer partido em qualquer lugar do mundo, dando a entender que esse não é o problema central a afetar a imagem do PT, na sua avaliação.