'Quem for culpado vai ser punido', diz Alckmin sobre quadrilha da merenda

Integrantes do governo paulista e do PSDB são apontados como integrantes do esquema

- Foto: Eduardo Saraiva/A2IMG
 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que os participantes do esquema de propinas e fraudes da merenda escolar em cidades do interior devem ser punidos, independentemente do partido político. A declaração do governador aconteceu após as investigações da Operação Alba Branca se aproximarem de quadros do PSDB e de ex-integrantes do governo estadual.

"Em São Paulo, a apuração é séria. Quem for culpado vai ser punido, independentemente de partido político. Quem for inocente vai ser absolvido, independentemente de partido político", afirmou Alckmin, em entrevista na cidade de Suzano, na Grande São Paulo, nesta quinta.

A Operação Alba Branca foi deflagrada em janeiro, com mandados de busca e apreensão em 16 prefeituras paulistas. Investigados apontaram o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, e Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", que era braço direito do secretário-chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, como beneficiários de propina.

'Moita' foi flagrado por grampos da Polícia Civil operando com a quadrilha da merenda de sua sala no Palácio dos Bandeirantes. Ele orientava um lobista renegociar valores de contratos da cooperativa Coaf, com sede na cidade de Bebedouro, no interior.

Segundo as investigações, a Coaf participava das chamadas públicas junto com outras cooperativas montadas pelos próprios integrantes do grupo e combinavam os preços dos produtos, sempre superfaturados.

Alba Branca também investiga o ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educação de Alckmin Fernando Padula, quadro do PSDB.

Fernando Capez e Fernando Padula já declararam não possuir ligação com o grupo e rechaçam qualquer insinuação de que tenham recebido propinas.
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