O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instalou na tarde desta quarta-feira o processo por quebra de decoro parlamentar contra o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ). Foram sorteados para relatar o caso num primeiro momento os deputados Paulo Azi (DEM-BA), Sérgio Brito (PSD-BA) e Zé Geraldo (PT-PA).
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Deputado do PSOL questiona presidência de Cunha na sessão sobre repatriaçãoAliado de Cunha denuncia líder do PSOL ao Conselho de ÉticaAliado de Cunha enviará representação no Conselho de Ética contra líder do PSOLCâmara aprova texto-base do projeto de lei da repatriaçãoO Solidariedade protocolou a representação alegando que Alencar usou recursos da Casa para fins eleitorais porque parte de sua campanha à reeleição teria sido financiada por um funcionário de seu gabinete. O Solidariedade também alega que Alencar teria supostamente apresentado notas frias de empresa fantasma para ressarcimento com a cota parlamentar.
Em sua defesa prévia, Alencar lembra que a Procuradoria da Casa pediu o arquivamento do caso por considerar que não havia prática de improbidade administrativa por parte do parlamentar. "Não é cabível que contas de campanha aprovadas pela Justiça Eleitoral e mesmo o uso da cota parlamentar, quando já apreciado pelos departamentos da Casa, venham a ser objetivo de disputa política, baixa, menor, no âmbito do Conselho de Ética. Isto apequena a missão do órgão e abre perigoso precedente para uma guerra de todos contra todos", diz a defesa do líder do PSOL.
Presente na sessão, Alencar chamou a representação de retaliação, de "peça politiqueira de vingança rebaixada" e produto da "ânsia de revanche". Seu partido entrou com representação contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Alencar se tornou um dos principais adversários do peemedebista na Casa. "Não adianta querer fazer comparação com Eduardo Cunha.