O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se esquivou de responsabilidade pelo esvaziamento da sessão do Congresso que apreciaria uma série de vetos presidenciais. "É Congresso. Não é comigo. Não me cabe comentar. A oposição está fazendo o papel dela e a base tem que administrar", afirmou Cunha, antes de o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também comanda o Senado, encerrar a sessão.
A Câmara repetiu a estratégia do dia anterior e, mais uma vez, esvaziou a sessão do Congresso, adiando novamente a apreciação de vetos presidenciais nesta quarta-feira, 07. Compareceram apenas 223 dos 513 deputados. Para garantir a votação era necessário um mínimo de 257 deputados. Dos 81 senadores, 68 compareceram.
"Sou o presidente da Câmara, não sou o dono da Câmara. Nem sempre a Câmara faz aquilo que eu desejo. Às vezes os desejos coincidem, o que eu penso e o que eles executam. Mas eu não posso me responsabilizar", disse.
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Cunha diz que não há nenhuma hipótese dele renunciarCunha foi avisado de bloqueio, diz MP suíçoVice-líder do PPS abre representação contra Cunha por suposta quebra de decoroCunha afirmou ainda que pela primeira vez interferiu na programação da TV Câmara pedindo que eles não transmitissem o julgamento das contas da presidente Dilma hoje no Tribunal de Contas da União (TCU), como os responsáveis pela TV cogitaram. "Pedi que não fizessem, foi a primeira vez que eu interferi porque estava dando uma conotação política como se eu tivesse determinado que fosse feita uma cobertura", disse, ressaltando que antes não tinha tomado conhecimento da "cobertura jornalística" que a TV da Casa pretendia fazer.
"É que tudo que acontece vocês me culpam, se tem sessão eu sou culpado, se não tem eu sou culpado, se fez isso, eu sou culpado. Qualquer coisa eu sou culpado e eu ia ser culpado por isso também.".