Jornal Estado de Minas

Dilma classifica de 'versão moderna de golpe' proposta de impeachment


A presidente Dilma Rousseff pediu união para o País sair da crise política e econômica. Durante entrevista a uma rádio de Presidente Prudente (SP), ela afirmou que o governo trabalha diuturnamente para garantir a estabilidade política e econômica. "Temos de nos unir e o mais rapidamente, independente das nossas posições, e tomarmos o partido do Brasil, que leva a mudança da nossa situação", afirmou. A presidente disse que algumas pessoas propõem uma ruptura da democracia como saída da crise e classificou esse movimento como "versão moderna do golpe".

"Acredito que tem ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que estejamos em uma democracia que tem legitimidade popular", disse. "Essas pessoas torcem para o quanto pior melhor, e isso em todas as áreas, na economia e na política", avaliou.

Segundo a presidente, em nenhum país que se passou por dificuldades foi proposto ruptura da democracia. "Todos (que querem uma ruptura) esperando oportunidade para pescar em águas turvas. O Brasil tem solidez institucional", ponderou. Ela afirmou que o governo procurou por todos os meios evitar a crise, mas não foi possível.

Medidas de ajuste

A presidente Dilma Rousseff também saiu em defesa de seu governo e dos ajustes que tem tomado contra a crise econômica.
Ela disse que seu governo está tomando medidas para tirar o País da crise o mais rapidamente possível. Ao falar sobre o rebaixamento do Brasil pela Standard & Poor's, que tirou o grau de investimento do País, tentou mostrar que a situação é passageira. "Isso aconteceu com os Estados Unidos em 2011. Com França, Espanha e Itália em 2012 e agora ocorre conosco. Todos os países foram muito maiores que suas notas e o Brasil também será. Todos voltaram a crescer e assim vai ser com o Brasil", afirmou. "Estamos tomando as medidas para nós, não para a nota", disse.

Dilma destacou que além de medidas, o Brasil tem honrado contratos e que não há problema de crédito internacional.
"Somos um dos países em que mais há entrada de capital", observou. Ela disse ainda que estão sendo tomadas medidas de controle da inflação e de equilíbrio fiscal, além de outras de estímulo ao crescimento, como o programa de energia, o plano safra e o programa de aviação. "Nós estamos trabalhando intensamente para que nossa macroeconomia, nossa economia, se torne cada vez mais sólida e para aumentar a confiança dos agentes econômicos para permitir que o Brasil volte a crescer", garantiu.

A presidente afirmou ainda que o Brasil é uma economia grande e diversificada, a sétima do mundo, e que o País vai atravessar esse "período pelo qual muitos passaram". "Vamos fazer todas essas medidas para voltar a crescer e gerar emprego", disse.

 Com Agência Estado.