Jornal Estado de Minas

Manifestantes vão às ruas de BH contra a corrupção, de novo

Com cartazes, pinturas no rosto, faixas, camisas e bandeiras do Brasil, cada uma das 6 mil pessoas presentes na Praça da Liberdade – segundo a Polícia Militar (10 mil, segundo os organizadores) – fez questão de mostrar a sua indignação com o governo Dilma. Nas palavras de ordem que se ouvia na praça e nas falas dos manifestantes em entrevista ao Estado de Minas, a mesma mensagem: é preciso dar um basta à corrupção no país.


O estudante Jonathans Nascimento, de 16 anos, fez questão de participar do evento ao lado do pai e dos irmãos, para protestar contra o que chamou de “roubalheira”. Ele não votou no ano passado, já que completou a idade mínima para tirar o título em 7 de outubro, poucos dias depois do primeiro turno. Mas ano que vem faz questão de votar, embora ainda não seja obrigado.

O vendedor Luís Mario Rocha, de 55, chegou cedo à praça, com uma bandeira do Brasil enrolada nos ombros. No cartaz, escreveu: “PT: e seus sócios? Petrobras”(sic). “O PT, em vez de governar, está administrando a corrupção”, reclamou ele, que participou das manifestações de março e abril contra o governo Dilma.

Para mostrar a indignação, não faltou criatividade na praça. Regina Lopes, de 57, fez o “pixuleco”, uma referência ao PT com o nome de uma das fases da Operação Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. A criação é a mistura entre o Fuleco, mascote da Copa do Mundo no Brasil, e a cara do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A assessora parlamentar Silvana Messias, de 57, abusou do bom humor.
Ela lembrou o episódio em que Dilma saudou a mandioca num evento em Tocantins. “Dilma, sua mandioca está assando”, escreveu ela, ao lado de uma foto da presidente dentro de uma panela. Manifestantes também puderam fazer uma lista de reivindicações ao governo.

A empresária Regina Barbosa ficou em uma jaula na porta do Palácio da Liberdade, ex-sede do governo. Com a pintura de um esqueleto no corpo, ela justificou que o ato simbolizou a situação dos brasileiros: presos e sem ação.

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