Brasília - O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou o registro do Partido Liberal (PL), cuja criação foi articulada pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Os ministros entenderam que não há como o processo de registro correr sem a exigência do mínimo de assinaturas de eleitores que apoiam a nova sigla. O relator do pedido do PL no TSE, ministro Tarcísio Vieira de Carvalho, ponderou no voto que o partido ainda pode, no futuro, apresentar um novo pedido de registro se apresentar todos os documentos necessários.
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PSDB quer ver acordo de delação de Pessoa antes de depoimento ao TSEOposição não terá êxito contra Dilma no TSE, diz CardozoGoverno conta com nova relatora em ação no TSEO PL se apressou para apresentar o pedido de registro ao TSE antes da sanção da nova lei, na expectativa de que a sigla ficasse de fora da exigência. Com isso, o PL poderia se unir ao PSD, de Kassab, formando um partido da base governista capaz de ameaçar o espaço do PMDB.
Em março, quando o pedido de registro foi apresentado ao TSE, a criação do PL foi um dos principais pontos de confronto entre Planalto e PMDB. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a acusar o governo de "patrocinar" a criação do partido articulado por Kassab para diminuir o espaço dos peemedebistas.
O PL argumentou na Justiça Eleitoral que existe a possibilidade de juntar as cerca de 500 mil certidões de apoiamento exigidas mesmo durante a tramitação do registro, como feito no processo de formação da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva. O TSE não aceitou a solicitação, considerando o baixo número de assinaturas apresentado.
De acordo com relatório do Ministério Público Eleitoral, o PL apresentou 67,9 mil assinaturas consolidadas e 99,7 mil certificadas pelos cartórios, com um total de 167,6 mil.
O Ministério Público Eleitoral, em abril, havia dado parecer favorável à continuidade do processo, apesar de ter informado que o partido não havia cumprido alguns requisitos formais para viabilizar a criação da legenda..