O Palácio do Planalto está preocupado com a possibilidade de o órgão condenar as chamadas pedaladas fiscais e rejeitar as contas de 2014 do governo, o que poderia embasar um pedido de impeachment no Congresso Nacional.
Segundo Falcão, os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, fizeram uma "apresentação detalhada" dos 13 pontos questionados pelo TCU.
Falcão afirmou que os dados contestados são sistemas já apresentados há 24 anos. "Tem dados que foram apresentados pelo governo Fernando Henrique (PSDB), pelo governo Lula, e não há nenhuma razão para que as contas venham a ser rejeitadas", afirmou. O governo tem até o dia 21 deste mês para prestar contas ao TCU.
Defesa
Além do detalhamento técnico das contas, segundo Falcão, a reunião serviu para apresentar a Medida Provisória assinada hoje sobre o Programa de Proteção ao Emprego e ainda ficou acertado que amanhã será formulada uma nota de solidariedade ao governo da presidente Dilma e do seu vice Michel Temer.
Segundo Falcão, essa nota de apoio visa reforçar "o compromisso irrestrito de defesa da Constituição e da legalidade democrática". A nota será feita após uma reunião marcada para às 11h30 no gabinete de Temer.
Ele negou que a nota seja uma resposta às recentes declarações da oposição de que a presidente Dilma não vai conseguir concluir o seu mandato e disse que ainda não dá para saber se todos os parlamentares da base que estiveram na reunião hoje assinarão o documento.
Questionado se a palavra impeachment foi dita em algum momento na reunião, Falcão disse: "claro que não" e repetiu as declarações que fez hoje por meio do Twitter. "Perderam no voto e agora querem ganhar no tapetão. Fora golpistas, democracia neles.".