Em sua fala, Dilma voltou a destacar que a visita dela ao território americano marca "uma nova etapa" da trajetória de relacionamento entre os dois países. "A reunião com o presidente Barack Obama foi muito produtiva", comentou, dizendo que iniciativas como a cúpula de hoje contribuem para intensificar essa relação. A presidente defendeu a retomada da cooperação entre os dois países em temas tradicionais e a construção de novas agendas.
Dilma avaliou que Brasil e Estados Unidos já possuem um relacionamento econômico e comercial "maduro e sofisticado", integrado por diferentes atores, entre os quais se destacam o empresariado dos dois países. Ela destacou que o intercâmbio comercial entre as duas nações cresceu 75% nos últimos 10 anos, ultrapassando US$ 612 bilhões, o que coloca os Estados Unidos como o segundo maior parceiro comercial do Brasil.
"As empresas americanas tradicionalmente são os investidores mais importantes no Brasil. (...) E as empresas brasileiras também começam a se tornar grandes investidoras nos Estados Unidos", afirmou, ressaltando que desde 2007 companhias brasileiras registram aumento de 200% nos ativos, "justamente em um período em que tivemos crise". Para Dilma, os dois países têm a "obrigação" de continuar aumentando esses fluxos.
A presidente afirmou que a demanda da classe média brasileira por melhores serviços tem exigido do País uma dedicação maior em áreas como educação, inovação e geração de tecnologia.
Segundo ela, isso aponta para um "enorme potencial" de investimento estrangeiro direito e no mercado de ações, "algo que temos imensa necessidade e atribuímos grande importância". "Por isso, estamos fazendo ajuste fiscal e avançando na agenda estrutural", ressaltou.
Em sua fala, Dilma afirmou que o governo brasileiro tem trabalhado muito para que o País se mantenha atraente e volte a crescer.