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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 23/06/2015 12:00 / atualizado em 23/06/2015 12:04

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Manchetes que fazem chorar

Números e mais números, percentuais e mais percentuais. A política brasileira está sendo escrita em numerais. Basta relacionar algumas matérias que estavam ontem na capa do em.com.br. “Giro pela economia: inadimplência com cheques no mês de maio foi a terceira maior da história”. Tem mais. “Seu bolso: inflação encosta nos 9% em 2015”. E ainda: “Pesquisa Focus: piora previsão de retração do PIB (Produto Interno Bruto)”. E tem até notícia internacional: “Despesa de brasileiros no exterior é a menor em cinco anos”. É bom parar por aqui para não chorar.

Percentuais e mais percentuais. Se o choro é livre, o PT pode aproveitar e derramar lágrimas. Pesquisa DataFolha deste fim de semana mostra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) liderando, se as eleições fossem hoje, a corrida pela Presidência da República. O tucano aparece com 35% das intenções de voto e com 10 pontos de vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que todos achavam que seria imbatível, se voltasse a pleitear a cadeira do Palácio do Planalto.

Se a situação está assim para Lula, imagine a da presidente Dilma Rousseff (PT). O seu índice de reprovação bateu na casa dos 65%. É isso mesmo. Nada menos que 65% dos entrevistados consideram o seu governo ruim ou péssimo. E só não é um recorde porque ele pertence ao senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), antes de seu impeachment. E, ironia do destino, Collor hoje é um fiel escudeiro do governo de Dilma no Senado.

A principal insegurança dos brasileiros é em relação ao salário e ao emprego. Uma frustração que faz sentido. De volta às notícias do em.com.br: “Relatório do BC (Banco Central) prevê alta maior para preços controlados pelo governo em 2015”. E, para fechar com chave de ouro: “Banco Central mantém taxa de juros básicos em 0,10% em julho”. Onde? Em Israel.

Sondagem ao PDT

Insatisfeito no PSB, o deputado federal Júlio Delgado esteve com o presidente estadual do PDT, deputado federal Mário Heringer, sondando a possibilidade de se filiar ao partido se for aberta uma nova janela. E ouviu que será bem-vindo. Por falar no PDT, o encontro que fez sábado em BH foi prestigiado. Estavam presentes o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (PMDB), o ex-governador e presidente do PP, Alberto Pinto Coelho, e os deputados estaduais Dilzon Melo, Luzia Ferreira e Gilberto Abramo, respectivamente, presidentes estaduais do PTB, PPS e PRB.

Cansados e felizes

Além de não serem obrigados a trabalhar esta semana para não ter o ponto cortado, ao contrário dos colegas do Nordeste, os deputados federais estão se queixando muito de estarem exaustos, com trabalho até tarde de quinta-feira. É que, além do plenário, eles têm também que cuidar de suas bases eleitorais nos estados. A maioria deles, no entanto, acha que o mandato atual está muito interessante, por que estão votando temas como a reforma política e a redução da maioridade penal e por aí vai. Dizem isso, no entanto, sem entrar no mérito dos projetos.

A voz da leitora

Escreve a leitora Monica Coelho imerecidos comentários: “Prezado Sr. Baptista, bom dia! Venho parabenizá-lo pela maravilhosa coluna desse domingo, 21/06. Que sutileza, como tratou bem os fatos e os delineou da forma como grande parte da população espera ver acontecer, inclusive eu. Continuo seguindo firme amanhã, na expectativa de novas notícias e com ótimas avaliações de sua parte”.

Culpa de quem?

Com amigos assim, a presidente Dilma Rousseff (PT) nem precisa da oposição. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado, culpou o ajuste fiscal, a alta dos juros e os cortes no Orçamento da União deste ano pela imensa impopularidade da presidente detectada nas pesquisas. Mas não perdeu a caminhada. Depois de dizer que antes de uma crise política há uma crise econômica, emendou: “E há também um massacre na mídia de modo geral”. Então, ficamos assim, porque há petistas que apostam em índices piores ainda.

Ecos da pesquisa

Entre os três principais partidos do país – PMDB, PT e PSDB – situações diferentes depois das últimas pesquisas, em relação à disputa pela Presidência da República. O PT, sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não tem candidato competitivo. O PMDB vai crescer o olho, mas o partido tem um protagonismo muito mais parlamentar que em eleições majoritárias. Tanto que seu último candidato ao Palácio do Planalto foi Orestes Quércia, em 1994, quando ficou em quarto lugar. E o PSDB precisa ter cuidado para não promover uma divisão interna entre o senador Aécio Neves (MG) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

PINGAFOGO

Agora que deixou a presidência estadual do PSDB, o deputado Marcus Pestana tem grandes chances de ser o líder do partido na Câmara Federal no ano que vem. As conversas, pelo jeito, já estão bem adiantadas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) partiu para o ataque depois da pesquisa. Reclamou que os petistas só pensam em cargos e empregos. Como se fosse uma novidade, desde que eles chegaram ao poder.

Mas a confissão mais forte que Lula fez foi dizer que perdeu o “sonho” e a “utopia”. Deve ser um recado ao partido na linha do “não contem comigo para disputar a Presidência da República em 2018”.

Enquanto isso, a presidente Dilma mandou criar novo plano de reforma agrária. No momento, seria mais oportuno que determinasse a criação de um novo plano de reforma partidária, não é mesmo?

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a criação do Dia Nacional de Ação de Graças e da Oração, a ser comemorado na quarta quinta-feira do mês de novembro. Atualmente, o Dia Nacional de Ação de Graças já é comemorado nessa data.

A única mudança, portanto, é o acréscimo do termo “da oração”. E ganha um doce quem adivinhar que o autor da proposta foi o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Ele está em todas.

 


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