Apesar de receber o apoio da maioria dos vereadores, na prática, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) tem encontrado na base de governo na Câmara Municipal o maior empecilho para aprovar projetos.
O acordo firmado entre vereadores previa a votação de um projeto do Executivo a cada cinco de autoria de parlamentares. Santos pediu a interrupção da votação do PL 1349/2014, do Executivo, que permite à Procuradoria-Geral do Município defender servidores públicos em processos. Em reação, o vice-líder de governo, Leonardo Mattos (PV) pediu adiamento da análise do PL 883/2013, do vereador Léo Burguês de Castro (PTdoB), sobre a obrigatoriedade de manter bombeiros civis em alguns estabelecimentos. Burguês abandonou o plenário.
“Fizemos um acordo, que é para ser cumprido e levou três meses para ser construído e, na hora de votar o projeto do Executivo, pedem 142 (artigo que interrompe a votação)?”, questionou Mattos. Segundo Santos, ele não tinha conhecimento do combinado.
Desde fevereiro, a base de governo de Lacerda está fragmentada na Câmara e a bancada evangélica não tem facilitado os trabalhos. O embate começou com o pastor Henrique Braga (PSDB), que estava pedindo apoio do prefeito para o evento Sermão da Montanha, que ocorreu em abril. Ontem, antes mesmo da abertura das votações, o plenário já estava quente. Parlamentares entraram em confronto ao antecipar discussão da aplicação da ideologia de gênero nas escolas municipais, que nem mesmo chegou à Câmara..