O ministro da Secom destacou que a reunião de coordenação desta segunda-feira teve por objetivo fazer um balanço da reunião ministerial de sábado, quando foram discutidas estratégias federais para a área de infraestrutura. A presidente esteve reunida durante cerca de dez horas com 13 ministros, técnicos do governo e representantes dos bancos públicos para discutir uma nova rodada de concessões em infraestrutura em áreas como aeroportos, rodovias e ferrovias. A iniciativa fez parte de uma estratégia do governo de criar uma agenda positiva por meio de investimentos em um momento de desânimo com a economia do País.
"Desde sábado, cada ministério está trabalhando com muita determinação para que o modelo de cada projeto seja definido. É muito prematuro falar em valores", defendeu há pouco o titular da Secom.
Nesta semana, explicou Edinho, serão ouvidas áreas que não foram consultadas nas últimas reuniões. O ministro disse que há preocupação da presidente com as obras que têm relação direta com a melhoria da qualidade de vida. "A presidente pediu que essas obras tivessem celeridade", disse, destacando que o governo trabalha com objetivo de preservar investimentos na área social.
"As áreas sociais não serão atingidas por nenhum corte. A presidenta pediu prioridade nas obras estruturantes, do ponto de vista logístico, da infraestrutura. Da mesma forma que também a área de comunicação será priorizada pelo governo e os investimentos nessa área serão tratados como prioritários", disse o ministro da Secom. Ele explicou, ainda, que na reunião de coordenação de hoje o vice-presidente Michel Temer fez um relato da viagem à Espanha e Portugal, em missão realizada na semana passada.
Pronunciamento
Edinho Silva confirmou, ainda, a informação de que a presidente Dilma não fará pronunciamento em rede nacional de rádio e TV relativo ao Dia do Trabalhador, 1º de maio. A estratégia, segundo o ministro da Secom, será realizar uma conversa por meio das redes sociais, pela internet. "A decisão foi unânime na reunião de coordenação. Dilma dialogará com trabalhadores pelas redes sociais", disse.
Questionado sobre os recentes debates sobre a possibilidade de pedido de impeachment da presidente Dilma, Edinho Silva disse que, por enquanto, trata-se de uma questão político-partidária. "Do ponto de vista jurídico, impeachment não está pautado", defendeu o ministro.