O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse na manhã desta sexta-feira, que não tem nenhuma informação sobre a inclusão de seu nome na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ser enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em nova etapa da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, Janot enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de investigação de 54 pessoas, entre elas 45 parlamentares. Espera-se que, nos próximos dias, faça pedido semelhante ao STJ, instância de investigação de governadores. O governador fluminense seria um deles. "Não fui informado de nada. Como vou me defender?", desabafou.
Pezão afirmou que não contratará advogado enquanto não for informado sobre a investigação. "Não sei se há acusação. Se houver, não sei do que sou acusado.
O peemedebista repetiu que teve reuniões com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que detalhou o esquema de corrupção em delação premiada. Segundo Pezão, todos os encontros trataram de investimentos da Petrobras no Rio de Janeiro. Até abril do ano passado, quando assumiu o governo no lugar de Sérgio Cabral (PMDB), Pezão era o coordenador de Infraestrutura do Estado.
"Tivemos várias reuniões com secretários, técnicos. Nunca falei de outro assunto com Paulo Roberto Costa que não fossem os projetos para o Rio. Nunca fiz nenhum pedido para a campanha, nunca pedi que ele falasse com empresas", reiterou o governador. O governador repetiu estar à disposição do STF, do STJ e da Justiça do Paraná, onde as investigações da Operação Lava Jato começaram, para prestar esclarecimento..