“Assumo mais uma vez este compromisso porque tenho consciência plena de meus atos e sei que as acusações não tem nenhuma base na realidade”, disse o senador no Twitter. “Desde o início, agora e até o final desta circunstância política, mantive, mantenho e manterei uma única posição: jamais tive qualquer relação imprópria com qualquer dos acusados da operação Lava Jato.”
Nogueira é presidente nacional do PP. O partido, com PT e PMDB são suspeitos de lotear diretorias da Petrobrás para arrecadar entre 1% e 3% de propina em grandes contratos, mediante fraudes em licitações e conluio de agentes públicos com empreiteiras organizadas em cartel. O esquema instalado na estatal foi desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato.
Em setembro de 2014, ele havia dado declaração semelhante. Na ocasião, ele também disse que renunciaria caso ficasse comprovada qualquer vinculação entre ele e Youssef.
O doleiro pagou passagens de assessores de Nogueira e do senador Cícero Lucena (PSDB-PB) de Brasília a São Paulo. Os assessores Mauro Conde Soares, que trabalhava com Ciro Nogueira desde o início de seu mandato, e Luiz Paulo Gonçalves de Oliveira, que assessora Lucena há oito anos, saíram de Brasília no dia 4 de janeiro de 2012, desembarcaram em Congonhas e retornaram a Brasília na mesma data. O boleto foi faturado pela Arbor Contábil, empresa da contadora do doleiro, Meire Poza.
Nogueira e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) participaram de uma reunião com Paulo Roberto Costa, em 2013, em que o deputado federal Simão Sessim (PP-RJ) pediu a “valiosa ajuda” do ex-diretor da Petrobrás para indicar uma locadora de veículos de um amigo para “grandes empresas”.
“Caro amigo Dr. Paulo Roberto. Por ocasião da visita que lhe fiz em seu escritório acompanhado do Deputado Dudu da Fonte e do Senador Ciro Nogueira, cometi a ousadia de pedir sua valiosa ajuda para a Empresa NIL Locações Ltda., que pertence a um grande amigo”, informa o parlamentar em e-mail para Costa datado de 7 de abril de 2013..