Governos estaduais passam aperto para fechar contas

Jorge Macedo - especial para o EM

Brasília – Não é apenas o governo federal que passa por apuros e precisa refazer contas diante de um cenário adverso.

Como mostrou o Estado de Minas em janeiro, 15 dos 27 estados brasileiros tiveram problemas para fechar os cálculos no ano passado. E as medidas de arrocho espalham-se por todo o país. Na quarta-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou o corte de R$ 2 bilhões no orçamento deste ano. A tesourada atingiu em cheio a folha de pagamentos dos 8,5 mil cargos comissionados incluídos nos 450 mil postos da administração paulista.


O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, que enfrenta uma queda de braço com os professores por conta da necessidade do parcelamento do pagamento do décimo terceiro salálio e das férias, cortou cargos de confiança e reduziu o número de secretarias estaduais de 36 para 25.


Quem também está às turras com os profissionais da educação é o governador do Paraná, Beto Richa. Curiosamente, ao tomar posse, ele anunciou redução de 15% nos gastos de todas as pastas, com a intenção de poupar, justamente, as áreas de educação, saúde e segurança. Pouco depois de o tucano reassumir o mandato, os professores cruzaram os braços e fizeram, no último dia 25, uma manifestação com mais de 40 mil pessoas no centro de Curitiba.


O aperto espalhou-se pelo país. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, anunciou corte de R$ 2,6 bilhões em todas as secretarias e autarquias.

No Espírito Santo, Paulo Hartung enxugou R$ 1,3 bilhão da proposta orçamentária aprovada pela Assembleia Legislativa. O petista Fernando Pimentel reduziu em 20% os gastos com contratação de servidores em Minas Gerais, e pediu listas com os cortes aos secretários.


O socialista Paulo Câmara (PE) anunciou, no início de fevereiro, um plano de contingenciamento de gastos para economizar R$ 320 milhões ao longo de 2015. O decreto prevê suspensão no aditamento de contratos, devolução de veículos e corte em consultorias, diárias, manutenção da frota e publicidade. Na Bahia, o petista Rui Costa quer economizar R$ 200 milhões neste ano com a redução do número de órgãos públicos e de servidores.

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