"O ministro da Justiça tem restrições a se negar a receber advogados. E os advogados têm prerrogativa quanto a ter audiências. Mas estamos vigilantes em relação a pressões", disse o presidente da AMB, João Ricardo dos Santos, que se encontrou com o ministro no período da tarde.
Cardozo teria garantido aos representantes de juízes que não houve conversa com os advogados sobre interferência no processo judicial que envolve fatos da Lava Jato. Antônio César Bochenek, presidente da Ajufe, se encontrou com Cardozo no período da manhã para manifestar a posição de defesa de "independência do judiciário e garantia da transparência dos órgãos públicos". "Tivemos a garantia de que os juízes que atuarem na Operação Lava Jato não serão submetidos à pressão", disse o presidente da AMB.
As duas associações aproveitaram o encontro para tratar de possíveis alterações legislativas para reforçar o combate ao crime organizado. O governo prepara o "pacote anticorrupção", promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff, para ser lançado em breve. Tanto AMB como Ajufe disseram ter interesse em discutir com o ministério propostas de aperfeiçoamento do judiciário na esfera criminal.
O pacote, em discussão entre Ministério da Justiça, Advocacia-Geral da União (AGU) e Controladoria-Geral da União (CGU) ainda está em debate dentro do governo..