Ansiosos para indicar correligionários para cargos no segundo escalão do governo Fernando Pimentel (PT), motivo inicial da reunião, deputados ouviram de Cunha, em contrapartida, que o estado enfrenta grave crise financeira. Portanto, o secretário advertiu os parlamentares que o problema precisa ter reflexo no orçamento deste ano, que deveria ter sido votado no ano passado, e tramita com lentidão na Casa. O líder do governo na Casa, Durval Ângelo (PT), chamou de "peça de ficção" a proposta de orçamento para 2015, elaborada pelo governo anterior.
De acordo com Durval, a administração do ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP) projetou um gasto com pessoal, neste ano, inferior ao realizado em 2014. Além disso, contabizou o parlamentar, a gestão estadual anterior deixou para o atual governo um déficit nominal de R$ 5 bilhões. O secrteário Odair Cunha, por sua vez, disse que a atual gestão encontra-se diante de "quadro de orçamento negativo".
"Houve omissão por parte do governo anterior de dados importantes. E isso, a partir de hoje, estará cada vez mais claro", disse Odair Cunha, se referindo à primeira reunião do secretário Helvécio Magalhães com os deputados da base governista. Há um mês, o secretário já havia adiantado que a situação financeira do Estado "é péssima". Hoje, segundo Cunha, ele pretende detalhar com dados essa realidade. Cunha também informou que em março o governo enviará à Assembleia um novo susbstitutivo para a proposta orçamentária para 2015.
Reforma administrativa
Nesta terça-feira, volta à pauta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais a proposta do governo de reforma administrativa. O governador Fernando Pimentel (PT) enviou ao Legislativo projetos criando as secretarias de Recursos Humanos, de Desenvolvimento Agrário e de Direitos Humanos e Cidadania. Também desmembrou a pasta de Esporte e Turismo em duas. Outra modificação foi extinguir a Ouvidoria Geral do Estado, que passará a ter suas funções integradas à futura pasta de Direitos Humanos. Pimentel também pede a mudança do Escritório de Prioridades Estratégicas passando a denomina-lo “de projetos” e estabelece remunerações de R$ 7,7 mil e R$ 8,5 mil para cargos considerados importantes na estrutura.
Nesta segunda-feira, o secretário Odair Cunha informou também que o governo pretende enviar susbstitutivo a este projeto de reforma administrativa detalhando cargos e mudanças na estrutura governamental. O anúncio veio em meio à demanda da base alialada para liberação de indicação a cargos para o segundo escalão no governo. .