"Talvez seja reflexo da quantidade de projetos eólicos que a gente tem comprado. A eólica tem tido penetração muito significativa e temos informações de que há bastante encomenda no mercado para as indústrias. Isso talvez reflita a não queda de preço que poderia estar sendo observada", afirmou Miranda após a conclusão do A-5 realizado sexta.
Questionado se os preços dos últimos leilões mostram menor atenção do governo federal na modicidade tarifária, Miranda descartou uma tendência natural de elevação de preços. "Continuamos focando as duas coisas (segurança de abastecimento e preços baixos). A questão é que as térmicas são necessárias para dar segurança ao sistema brasileiro. É uma estratégia para ter segurança e modicidade tarifária", afirmou.
Caso a preocupação do governo federal fosse restrita à modicidade tarifária, explicou Miranda, seriam contratados apenas projetos hídricos e eólicos.
O preço médio da energia vendida no leilão ficou em R$ 196,11/MWh, impulsionado pelo custo dos projetos térmicos, acima de R$ 200/MWh. O custo da energia gerada em usinas eólicas, por outro lado, ficou em R$ 136/MWh, seguido por R$ 161,89/MWh das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)..