Jornal Estado de Minas

CPI da Petrobras quebra sigilo bancário de tesoureiro do PT

A base aliada da presidente Dilma Rousseff tentou evitar a quebra do sigilo financeiro de João Vaccari Neto, mas perdeu por 12 votos a 11

Amanda Almeida
A CPI mista da Petrobras decidiu, nesta terça-feira, quebrar o sigilo bancário do tesoureiro do PT nacional, João Vaccari Neto.
A base aliada da presidente Dilma Rousseff tentou evitar a aprovação do requerimento da oposição, mas perdeu por 12 votos a 11.

O requerimento provocou polêmica entre base e oposição. O senador José Pimentel (PT-CE) argumentou que há pouco tempo para o fim do trabalho da CPMI e, por isso, os parlamentares deveriam se concentrar em convocações e quebras de sigilos de envolvidos com participação comprovada.

Vaccari é citado pelo doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos personagens do esquema de pagamento de propina por grande empreiteiras em troca de contratos com a petrolífera. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) disse que a quebra de sigilo de Vaccari é política e pediu a extensão a outros tesoureiros partidários.

Os parlamentares também decidiram pela convocação do ex-diretor da Petrobras Néstor Cerveró. Antes, eles já haviam aprovado acareação entre ele e Costa. Os parlamentares decidiram ainda convocar o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, para prestar depoimento aos parlamentares. Os depoimentos, no entanto, podem não ocorrer, já que os trabalhos do colegiado podem ser encerrados no próximo domingo..