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Estado de Minas

Acordo põe senador do PMDB em vaga aberta no TCU

PMDB escolhe Vital do Rêgo para assumir o lugar de José Jorge. Alinhado ao Planalto na CPI Mista da Petrobras, o senador herdará a relatoria do processo que investiga a estatal


postado em 11/11/2014 06:00 / atualizado em 11/11/2014 07:47

(foto: Jose Cruz/ABr Brasília )
(foto: Jose Cruz/ABr Brasília )

Brasília – O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), alinhado ao Palácio do Planalto na condução da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista da Petrobras, é o nome escolhido pelo partido, em acordo com o governo, para ocupar a vaga do ministro José Jorge no Tribunal de Contas da União (TCU), que se aposenta em 18 de novembro. O aliado, cuja indicação deve ser confirmada em reunião de bancada do PMDB nesta semana, vai herdar a relatoria do processo que investiga a estatal petroleira. A ideia inicial do governo era emplacar a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, no entanto, diante da resistência dos senadores, havia o risco de a Casa não aprová-la em votação secreta. Segundo apurou o Estado de Minas, Ideli poderia ainda sonhar com uma vaga no TCU, no lugar de José Múcio Monteiro, caso antecipe a aposentadoria para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Cotado para ser líder do governo no Senado ou ainda candidato à presidência da Casa caso Renan Calheiros (PMDB-AL) realmente desistisse da reeleição, Vital do Rêgo teria ainda quatro anos de mandato como senador. No entanto, já confidenciou a alguns colegas de partido que desejaria ir para o TCU. Ontem, um senador do PMDB informou que a saída de Vitalzinho, como é chamado, ajudaria o partido a resolver internamente outras questões.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que deseja comandar um ministério na segunda gestão da presidente Dilma Rousseff, é um dos principais articuladores. A ida para o TCU do senador paraibano, que seria o nome forte do PMDB para comandar o Ministério da Integração Nacional, deixaria o caminho aberto para Braga. Apesar do desejo do amazonense, o comando da pasta deve ficar com algum político do Nordeste.

No Planalto, Vital é muito benquisto. Muitos consideram que, em 2012, quando presidiu a CPI do Cachoeira, conseguiu livrar o governo de uma grande fria ao ajudar a restringir o foco que investigava a construtora Delta. Os trabalhos ficaram, em sua grande maioria, restritos à atuação da empreiteira no Centro-Oeste e, desta maneira, governadores aliados acabaram poupados.

Em setembro do ano passado, no momento em que o PSB entregou os cargos que tinha no governo Dilma, em razão da pré-candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, o senador Vital do Rêgo era o mais cotado para assumir a vaga do então ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. No entanto, Francisco Teixeira, ligado ao governador do Ceará, Cid Gomes, que assumiu como interino, acabou sendo efetivado.

O primeiro-suplente de Vital do Rêgo no Senado é o empresário paraibano Raimundo Lira, que foi senador entre 1987 e 1995 e tem um patrimônio avaliado em mais de R$ 50 milhões. Em 2010, quando Vital disputou a eleição para o Senado, ele doou R$ 870 mil para a campanha. Na época, a contribuição do suplente equivalia a quase um terço dos R$ 3 milhões arrecadados pelo senador da Paraíba.

Alternativa Dentro do governo, existe uma outra movimentação para recompensar Ideli Salvatti, fiel à presidente Dilma Rousseff nos últimos quatro anos: ela poderia tornar-se ministra do TCU, por indicação do Executivo federal, na vaga do atual ministro José Múcio Monteiro. Já o pernambucano seria deslocado do tribunal para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), posto que ocupou no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula simpatiza com a ideia. Múcio é considerado um excelente operador político, paciente, com bom trânsito entre os parlamentares. Tanto que, ao deixar o ministério responsável pela articulação política para ser avalizado pelo Senado – como é regra nas indicações para o TCU – viu a própria sabatina transformar-se numa ode a sua atuação como intermediador. Faltaria ainda o aval da própria presidente.

 

Os benefícios
Confira a que os ministros do TCU têm direito

» Salário de R$ 26,6 mil
» Auxílio-alimentação de R$ 740,96
» Cota para representação institucional no valor de R$ 43,2 mil em viagens nacionais
» Carro oficial
» Ressarcimento parcial da despesa realizada com plano de saúde próprio, dos dependentes e dos pensionistas civis
» O TCU dispõe de três apartamentos funcionais em sua reserva técnica destinados aos ministros
» No caso de não possuir apartamento próprio e não existir imóvel funcional à disposição, a autoridade pode receber
auxílio-moradia


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