"Há uma mistura perigosa entre religião e política. Vimos ontem que as igrejas tinham material de campanha. Não tenho nada contra o candidato Crivella, contra a Universal ou contra a TV Record, respeito muito. Só acho que foi muito utilizado contra mim. Se você pegar o portal R7, era ataque todo dia. Na TV também. Foi uma luta desigual.
Pezão também comentou sobre a criação do site "O verdadeiro Crivella", por sua campanha, com uma série de acusações contra o adversário político. A página foi retirada do ar por determinação do TRE-RJ.
"Fui atacado por todos no primeiro turno. No segundo turno, meu adversário passava o dia inteiro me xingando, dizendo que eu representava Sérgio Cabral. Chegava à noite, nos debates, ele aparecia com aquilo que é a grande característica dele, que é bispo, de falar com calma e tranquilidade. A gente só reagiu aos ataques que eu sofri", disse o governador.
Na última pesquisa de intenção de voto do instituto Ibope, Pezão aparece na frente de Crivella com 56% dos votos válidos. "Pesquisa é um retrato de dois, três dias, e isso muda, depende muito do eleitor. Mas espero que as pesquisas estejam certas", afirmou.
O candidato voltou a afirmar o voto em Dilma Rousseff (PT), por quem disse ter "uma gratidão muito grande, apesar de o PT nunca ter reconhecido isso no Rio e de não ter ficado, depois de 7 anos ao nosso lado". "Mas meu relacionamento com a presidente Dilma é acima dessas questões partidárias. Ela ajudou muito o Rio, e eu só retribui a parceria que fizemos. Não tenho nada contra o senador Aécio Neves, respeito muito. Meu vice, Francisco Dornelles, fez campanha para Aécio (de quem é tio), mas meu voto e minha gratidão são da presidenta Dilma".