Jornal Estado de Minas

Veja os principais destaques de cada bloco do debate entre os candidatos ao governo de MG

Pimenta da Veiga, Tarcísio Delgado e Fidélis Alcântara se enfrentaram em debate promovido pelos Diários Associados. O encontro aconteceu na TV Alterosa

Marcelo da Fonseca- enviado especial
- Foto: Marcos Michelin/EM/DA Press


1º bloco 

Apresentação

No primeiro bloco, os candidatos se apresentaram aos eleitores, contando trajetos de suas vidas públicas e os motivos que os motivaram a participar da disputa pelo Palácio Tiradentes. Tarcísio Delgado (PSB) citou sua experiência como prefeito de Juiz de Fora e deputado federal por três mandatos. Fidelis Alcântara (Psol) falou sobre as demandas da frente de esquerda para melhorar a cidade. Já o candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, lamentou a ausência de Fernando Pimentel (PT) e afirmou que tem novas denúncias sobre o petista. “Quero lamentar profundamente que o candidato do PT, mais uma vez, está fugindo ao diálogo que prega. Foge porque certamente não quer responder aqui as acusações a seus procedimentos administrativos e pessoais. Eu tenho acusações a fazer pessoalmente. Uma hora ele terá que aparecer”.


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2º bloco


Segurança e ações sociais

No segundo bloco os candidatos responderam perguntas de representantes da sociedade e comentaram as respostas de seus adversários. Os principais temas foram segurança pública e ações sociais. O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira, questionou os candidatos sobre suas propostas para a população mais pobre de Minas Gerais. Pimenta da Veiga (PSDB) foi sorteado para responder e afirmou que pretende superar a pobreza por meio da qualificação na educação. “A minha presença na vida pública é buscando contribuir e melhorar a vida dos mais carentes. Entendo que devemos suprir as carências emergenciais. Dar aos mais pobres as condições de superar a pobreza, assistência educacional e melhor qualificação, um esforço para superar a pobreza. O objetivo é reduzir as distâncias em todas as regiões do estado”, disse o tucano.

O candidato do Psol, Fidélis Alcântara apontou os investimentos do estado na saúde e na educação como forma de garantir os serviços básicos da população e disse que a privatização do Sistema Único de Sáúde (SUS) impede que serviços de qualidade cheguem às pessoas. “Não podemos aceitar as privatizações do SUS. A partir do momento em que o estado abre mão desse serviço e dá espaço às empresas ele prejudica a população. Isso também acontece na educação. É preciso valorizar os professores e defender a qualidade dos trabalhadores”, ressaltou Fidélis.

O presidente da OAB Minas Gerais, Luís Cláudio Chaves, perguntou sobre as propostas para a segurança. Tarcísio Delgado (PSB) afirmou criticou a atual gestão no governo de Minas e citou o aumento nos índices de violência.

“Existem dados do alto índice de criminalidade em Minas. Nunca houve tanto crime como agora. Esse aumento fez até cair o índice de produtividade”, criticou Delgado. O candidato do PSDB rebateu, citando programas implementados pela atual gestão, como o Fica Vivo e o Olho Vivo.

3º bloco

Velho Chico e escola integral

A notícia de que a principal nascente do Rio São Francisco está seca foi o primeiro tema discutido pelos candidatos ao governo de Minas no terceiro bloco do debate. Nesta etapa, os concorrentes foram questionados por jornalistas dos Diários Associados sobre suas propostas. Segundo Fidélis Alcântara, do Psol, a situação crítica em relação à seca em várias regiões do estado não está relacionada apenas à falta de chuvas, mas ao uso irregular do solo no estado. “A mineração e as grandes monoculturas tem papel nesse problema. Uma das situações graves é a utilização dos mineriodutos, usando água para levar o minério. O estado permite que as mineradoras tirem água de Minas.
Isso vai esgotar nossos lençóis”, avaliou Fidélis. Tarcísio Delgado (PSB) comentou o problema da seca e criticou o cultivo de produtos que prejudicam o solo às margens do Velho Chico.

Sobre suas propostas para implementar a educação de tempo integral nas escolas mineiras, o candidato Pimenta da Veiga (PSDB) prometeu manter um diálogo aberto com os professores para buscar as formas de garantir a escola integral de qualidade. “Com eles vamos discutir uma pauta aberta, inclusive questões salariais. Será uma escola mais qualificada, por isso mais onerosa, mas vamos encontrar o caminho. Vou mandar um projeto para a Assembleia determinando que todas as novas escolar no estado sejam adaptadas para o ensino integral”, disse Pimenta.

O candidato do Psol criticou o tucano e afirmou que ele não terá capacidade para discutir com os sindicatos dos professores. “Ele descambou os sindicatos. Não sei como vai fazer esse diálogo. O que precisamos é aprofundar o debate sobre nosso ensino, reformular nossos currículos. Hoje o professor é um repetidor de conteúdo. Não adianta apenas aumentar o tempo na escola, precisamos fazer uma escola que funcione”, disse Fidélis.


4º bloco

Pimenta ataca Pimentel

No quarto bloco, o candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, dirigiu sua pergunta ao candidato do PT, Fernando Pimentel, mesmo com o petista estando ausente no debate. O tucano citou processos que envolveriam o nome de Pimentel e perguntou se ele continuaria na disputa pelo Palácio Tiradentes. “Está ultrapassando todos os limites da desconsideração com o eleitor. Ele será candidato mesmo tendo cinco processos judiciais por improbidade administrativa e corrupção? Um candidato com cinco processos graves, de desvios e lavagem de dinheiro ainda se apresenta como candidato. Isso não é correto. O PT está sonegando os fatos. Isso não faz jus às tradições mineiras”, disparou Pimenta. Os candidatos discutiram também a questão da mineração no estado. Tarcísio Delgado e Fidélis Alcântara lamentaram problemas no controle e políticas voltadas para o setor. Eles ressaltaram que Minas deveria receber mais benefícios com a atividade.

5º bloco

Considerações finais

Nas considerações finais, o tucano Pimenta da Veiga criticou o governo federal, citando supostos desvios de verbas na Petrobras. “Minas terá que se decidir se quer o modelo PT de governar. Com inflação alta, baixo crescimento e desemprego, que já está batendo na porta. For a os escândalos, como o da Petrobras. Você precisa decidir, ou votará no candidato PT, que abandonou a verdade, para entregar à Cemig e a Copasa a quem destruiu a Petrobras, ou votará no nosso jeito de governar, que está sendo copiado por vários estados brasileiros”, afirmou Pimenta.

O candidato do PSB, Tarcísio Delgado, ressaltou suas ações à frente da prefeitura de Juiz de Fora e falou sobre a importância se implantar uma gestão eficiente no governo de Minas. “Minha proposta está no tripé: participação popular, eficiência e austeridade. Com gastos corretos em obras, você economia e sobre dinheiro para outras obras. Fizemos isso em Juiz de Fora, buscando a eficiência, e podemos atender as demandas mais importantes do estado”, disse Delgado.

Já Fidélis Alcântara, do Psol, criticou PT e PSDB por receberam grandes quantias de empresas para suas campanhas e afirmou que seu programa de governo não está ligado a interesses privados. “Não recebemos financiamento de campanha. Esse tipo de financiamento, de empresas, compromete toda a administração. Estamos construindo uma nova forma de fazer política”, afirmou Fidélis.

 

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