Jornal Estado de Minas

Debate entre candidatos ao Governo de Minas tem nova rodada de ataques ao vivo

Pimenta da Veiga (PSDB), Tarcício Delgado (PSB) e Fidélis Alcântara (Psol) trocaram acusações. Fernando Pimentel não compareceu devido a uma faringite

Bertha Maakaroun - enviada especial
Fidélis, Tarcísio Delgado e Pimenta da Veiga participaram do debate na noite de ontem, que teve a educação como um dos destaques - Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

Com a participação dos candidatos governo de Minas, Pimenta da Veiga (PSDB), Tarcício Delgado (PSB) e Fidélis Alcântara (Psol) – Fernando Pimentel (PT) não compareceu em decorrência de uma faringite –, que em vários momentos trocaram acusações, o debate da RedeTV! Foi aberto ontem com o tema da homofobia. Fidélis, o primeiro a falar, defendeu a criação de um Conselho Estadual de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênicos (LGBTs) como forma de reduzir a homofobia. Depois de criticar o governo de Minas, acusando-o de não ter implementado o conselho, o candidato do Psol questionou Tarcísio Delgado sobre a posição da candidata do seu partido à Presidência da República, Marina Silva (PSB). “Não dá para a gente fechar os olhos ou tirar de nosso programa, como fez a Marina Silva, que finge que a questão não existe”, afirmou.

Delgado tratou de defender a candidata. “Marina tem tido posições muito coerentes, muito sérias, corretas e preparadas para governar o Brasil”, afirmou o socialista, não sem antes ser criticado por Fidélis por ter usado a expressão “o direito de as pessoas fazerem a sua opção na vida social”. Segundo o candidato do Psol, a orientação sexual “é uma questão de vida que precisa ser ensinada na escola”, uma questão “de diversidade sexual”, considerou, defendendo, inclusive, que o SUS promova as cirurgias de mudança de sexo.

Educação e segurança pública também foram temas que esquentaram o debate.
Ao desafiar Delgado para repetir dados apresentados por ele, segundo os quais Minas teria perdido competitividade na atração de empresas em decorrência da criminalidade que seria uma das maiores do Brasil, Pimenta da Veiga rebateu: “Minas tem a segunda menor taxa de homicídios do Sudeste”. O tucano voltou a acusar o PT de não cuidar das fronteiras. “O problema da segurança é que o PT não controla as fronteiras brasileiras por onde entram drogas e armas ilegais. Minas é o estado que mais investiu em segurança no Brasil – R$ 43 bilhões – e, por isso, a taxa aqui é muito menor do que a taxa média do Sudeste”, assinalou.

Na educação, o socialista cobrou do tucano as greves de professores no estado porque não receberiam o piso salarial da categoria. Depois de afirmar que é filho de professores, Pimenta da Veiga disse que pretende fazer uma parceria com os professores para discutir os salários. Ele prometeu levar a escola de ensino integral “para o maior número de estabelecimentos” e prosseguir com o Programa Poupança Jovem. .