Questionada sobre a declaração de Marina, Dilma respondeu que o material de campanha se trata de "uma opinião". "Não acho (que é "marketing selvagem"), pode ser que as pessoas não gostem do que nós falamos. Agora, é uma opinião."
A candidata à reeleição ressaltou que, no regime democrático, a opinião é algo que deve ser acolhido. "E crime de opinião no Brasil é algo ultrapassado. Eu fui para cadeia por crime de opinião, tá?", observou.
Ao falar com os repórteres, Dilma também comentou a posição do procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, que defendeu a suspensão das propagandas veiculadas pela campanha da petista que criticam a proposta de Marina Silva de conceder autonomia operacional ao Banco Central (BC).
Em parecer encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Janot considerou as peças irregulares ao reconhecer que elas pretendem criar "artificialmente na opinião pública estados mentais, emocionais ou passionais".
"Cada um tem direito de fazer a sua parte, isso também é democrático, né? O procurador acha isso, outro acha aquilo. Estou dizendo que nós estamos externando uma opinião. E essa opinião tem de ser respeitada, muito obrigada", disse, encerrando abruptamente a coletiva de imprensa.
Depois de conversar com repórteres, a presidente se dirigiu de helicóptero à Base Aérea de Brasília, de onde embarcará para São José dos Campos.