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Estado de Minas

Acompanhe o debate entre os candidatos à Presidência

O debate terá uma hora e 40 minutos de duração, num total de quatro blocos, com intervalos de três minutos entre eles


postado em 01/09/2014 17:40 / atualizado em 01/09/2014 20:19

(foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA )
(foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA )


1º Bloco

O confronto direto entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e a senadora Marina Silva (PSB) abriu o primeiro bloco do debate SBT/Alterosa. A petista contabilizou as principais propostas anunciadas por Marina, que, segundo Dilma somam R$ 140 bilhões e perguntou de onde ela vai tirar os recursos. Marina devolveu, dizendo que não são apenas promessas, mas, compromissos assumidos. A candidata do PSB acusou o governo petista de desperdiçar recursos públicos, segundo ela, com projetos desencontrados, e de fazer as escolhas erradas. De acordo com ela, quando se fala em dinheiro para subsidiar bancos ninguém pergunta a origem, mas quando se fala em tirar 10% do orçamento para educação e dar passe livre vem a pergunta. “O que vamos fazer são escolhas corretas e não manter as erradas”, disse. Dilma usou a réplica para focar a inexperiência de Marina em cargos executivos. “A senhora falou e não respondeu de onde vem o dinheiro. Quem governa tem que dizer como vai fazer”, alfinetou.

Principal alvo dos adversários, que atacaram as políticas federais nas áreas de segurança, com aposentados e economia, a presidente Dilma Rousseff foi alvejada pelo senador Aécio Neves. O tucano aproveitou a pergunta que fez para Eduardo Jorge (PV) para dizer que o Brasil está em um quadro de recessão técnica. Depois de o oponente concordar com ele, o tucano disse que iria traduzir o que significa o Brasil crescer negativamente. “Significa que os tão alardeados empregos estão indo embora. Apenas em São Paulo 15 mil postos de trabalho a menos, é uma herança perversa”, definiu. O tucano prometeu fazer o Brasil voltar a crescer com controle de inflação.

Sobre segurança, Dilma repetiu sua proposta de tornar a área competência compartilhada com a União e disse considerar a situação das penitenciárias uma barbárie. “Meu governo gastou mais de 17 bilhões, mais do que o dobro dos governos tucanos”, disse. Entre os nanicos, Luciana Genro atacou os governos do PT e PSDB e aproveitou para defender a proposta do PSOL de fim do fator previdenciário. Levy Fidelix partiu para cima de Marina, falando do apoio que ela tem do empresário Guilherme Leal, da Natura.

2º bloco

Sobrou para os três principais candidatos, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) no segundo bloco do debate. Nas perguntas de jornalistas, Dilma foi questionada sobre os resultados da economia do país e sua queda nas pesquisas de intenção de voto, enquanto Aécio teve de falar sobre casos de corrupção noticiados sobre o PSDB e Marina sobre as palestras que deu sem informar a quem e a sua nova política.

Questionada pelo jornalista sobre o fato de estar virtualmente perdendo a eleição para Marina no segundo turno, como apontam pesquisas, a petista preferiu se defender. Afirmou que o resultado de redução na atividade econômica é momentâneo e se deve à crise internacional. Ela ainda citou os crescimentos negativos de Japão e Alemanha. “Nossa diferença é que não enfrentamos a crise desempregando nem arrochando salários”, afirmou, citando programas do governo na saúde e educação. Marina devolveu dizendo que Dilma não consegue fazer o que é essencial para ter sucesso em um eventual segundo mandato: reconhecer erros. “Quando vai bem 100% dos louros vão para o governo e quando vai mal culpa a crise internacional”, afirmou.

Já Aécio foi questionado sobre as acusações de compra de votos no Congresso para aprovar emenda que possibilitou a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e sobre o caso do cartel do metrô de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin. Em resposta, Aécio aproveitou para citar o mensalão do PT, dizendo que seu partido jamais transformará eventuais culpados em heróis nacionais. “Vamos investigar qualquer homem público. E cabe a justiça em última instância condenar aqueles que forem considerados culpados. Queremos tirar nossas empresas das páginas policiais”, afirmou em referência ao caso de corrupção na Petrobras.

Já Marina Silva teve de responder se ocultar quem lhe pagou por palestras que renderam R$ 1,6 milhão é compatível com a nova política que prega. A candidata pediu a separação de sua vida privada com a de política e disse que se as empresas que contrataram quiserem se revelar ela não se opõe. Foi a deixa para Dilma rebater, dizendo que transparência é uma exigência fundamental para a democracia. “A questão da governabilidade implica transparência”, afirmou. E Marina devolveu: “A receita federal é testemunha de que  pago meus impostos. Uma coisa boa era fazer um comparativo entre outras lideranças políticas que, como eu, também fazem palestras”, afirmou, citando os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

3º bloco

A duas primeiras colocadas nas pesquisas eleitorais, presidente Dilma Rousseff (PT) e senadora Marina Silva (PSB) foram as mais alvejadas no terceiro bloco do debate SBT/Alterosa e trocaram duras críticas entre si. Dilma acusou Marina de “desprezar” o Pré-sal e foi questionada por se “tangenciar” da situação da Petrobrás, que, segundo ela, paga hoje pelas escolhas erradas que fez. A petista apelou para a falta de apoio político de Marina para dizer que ela não conseguirá implementar o que vem prometendo.

Marina negou que dê pouca importância ao pré-sal, que, segundo Dilma, rende mais de um trilhão para o país e vai financiar a educação. A candidata disse que, além desse recurso, o governo deve investir em fontes de energias alternativas, como faz o resto do mundo. “O Brasil é campeão, tem um grande potencial de geração de biomassa, de energia eólica, solar, inclusive negligenciadas durante o seu governo”, afirmou Marina.

Respondendo a pergunta de Luciana Genro (Psol), se seria a segunda via do PT ou do PSDB, Marina voltou a atacar Dilma. Disse que pretende manter conquistas econômicas do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e as sociais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo ela, foram ameaçadas pelos desmandos da política economica de Dilma. Questionada por Marina sobre o que teria dado certo em seu governo, a petista disse que ele tirou 36 milhões de pessoas da pobreza e elevou 42 milhões à classe média. “Há uma contradição sim entre querer uma política macroeconômica atrelada a interesses e uma forma de visão que é para desempregar, para arrochar, para aumentar preço de tarifa e para aumentar impostos. E ao mesmo tempo defender políticas sociais”, disse. Dilma disse ainda que, sem apoio político no congresso, não é possível assegurar um governo estável e acusou Marina de ter só frases de efeito genéricas. “Não basta dizer que vai fazer uma lista de coisas sem dizer de onde vai tirar o dinheiro”, afirmou.

Aécio teve o embate com Dilma centrado na questão da mobilidade urbana. O tucano disse que , ao longo de 10 anos, o governo petista “demonizou” as parceiras público privadas e atrasou investimentos que poderiam estar beneficiando milhões de brasileiros. “Hoje eles habitam apenas a belíssima propaganda oficial da candidata do PT”, afirmou. Dilma acusou Aécio de ter memória fraca e disse ter financiado presídios em Minas Gerais. “Sua memória tão fraca que no caso do transporte público esquece que temos parceria com o governo de Minas em todas as obras de mobilidade urbana que existem no estado”, afirmou. Aécio acusou Dilma de, por ter “pouca familiaridade” com Belo Horizonte, não conhecer a situação do metrô. “Na mobilidade a realidade é essa, o governo da presidente Dilma Rousseff fracassou como fracassou em todas as outras áreas”, afirmou.

Considerações finais

No último bloco, os candidatos fizeram as considerações finais, tentando marcar para o eleitor o que têm priorizado em seus programas de governo e campanhas. Marina Silva (PSB) pediu ao eleitor que não se deixe levar pelo medo que tentam colocar neste momento. “Quem vai ganhar esta eleição não são as velhas estruturas. É uma nova postura. É fundamental que cada brasileiro não perca a sua esperança”, afirmou. Dilma (PT) aproveitou para pedir o voto do eleitor, depois de dizer que não está satisfeita e vai continuar preparando o Brasil para o desenvolvimento. “Eu acredito no Brasil e nos brasileiros. Sei que podemos fazer mais.”, afirmou.

Aécio (PSDB) disse ver dois campos políticos: um do governismo (Dilma) e outro de boas intenções da candidata Marina “que não supera as contradições de seu projeto de governo com teses que combatia até pouco tempo”, disse. Luciana Genro (Psol) garantiu que os representantes do PSOL são a “esquerda coerente” e que tem os melhores parlamentares para lutar contra a criminalização da juventude e de meios direitos dos grupos LGBT.

Com direito a apenas um minuto de fala no programa eleitoral, Eduardo Jorge (PV) aproveitou o espaço para mais uma vez chamar os eleitores a debaterem com ele os temas com mais profundidade em seu site. Pastor Everaldo (PSC) resumiu seu programa de governo, dizendo ser contra o aborto e a legalização das drogas, a favor do mercado livre, redução da maioridade penal, liberdade, meritocracia e liberdade de imprensa. Ao final, repetiu seu mantra: casamento é entre homem e mulher. Levy Fidelix fez referência aos movimentos sociais de julho de 2013 para ficar no lugar comum: defendeu melhor educação, saúde e oportunidades para a juventude.


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