Autobatizado para a disputa como Delegado Agílio Monteiro, o ex-policial federal é candidato pela terceira vez. Em 2002 e 2006, buscou vaga na Câmara e perdeu. Em 2014, tentará eleição para a Assembleia Legislativa.
Agílio era diretor-geral da Polícia Federal em 2002, quando uma operação da PF apreendeu R$ 1,3 milhão na sede de uma construtora da capital maranhense, São Luís, que pertencia à família de Roseana Sarney. À época, a filha de José Sarney articulava sair candidata à Presidência da República contra Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma das profissões com maior possibilidade de atrair votos, conforme os registros enviados à Justiça Eleitoral, é a de professor. São 17 candidatos que comandam salas de aula na disputa por vagas na Assembleia Legislativa e outros 10 na briga por cadeiras na Câmara dos Deputados. Nas eleições de 2010, ninguém que tenha “professor” no nome de urna venceu as eleições para qualquer uma das duas casas. Outra profissão usada na disputa é a de médico. São dois doutores em campanha pela Câmara e um na disputa pela Assembleia.
Na Casa, há hoje um deputado que usou o título no nome de urna. Doutor Wilson Batista (PSD). Na eleição anterior, o parlamentar ficou como suplente e assumiu o posto com a renúncia de Elmiro Nascimento (DEM). Wilson é cirurgião. Na Câmara, também há um parlamentar que adotou a mesma estratégia, Dr. Grilo, que, no entanto, é advogado. Filiado ao Solidariedade, o deputado conseguiu a última das 53 vagas que Minas Gerais tem na Casa, com 40.093 votos. O primeiro colocado foi Rodrigo de Castro (PSDB), com 271.306 votos.
Há ainda na disputa de outubro dois candidatos condutores profissionais de veículos.
Impedimento
Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de março de 2014 impede que candidatos nas eleições usem nomes de urna vinculados a órgãos públicos. Conforme o texto, “não será permitido, na composição do nome a ser inserido na urna eletrônica, o uso de expressão e/ou siglas pertencentes a qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal”. A resolução atende a pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) em 2013. A avaliação é que o candidato poderia apresentar falsa expectativa de que, caso vencesse a disputa, poderia ter acesso facilitado à estrutura do governo e, assim, ajudar seus eleitores..