Jornal Estado de Minas

Justiça cassa mandato de vereador do PT de Montes Claros

Alfredo Ramos teve o mandato cassado por abuso do poder econômico

Luiz Ribeiro

A Justiça Eleitoral cassou o mandato do vereador Alfredo Ramos (PT), de Montes Claros, no Norte de Minas, por abuso do poder econômico na campanha eleitoral de 2012.

O juiz João Adilson Nunes Oliveira, da 184ª Zona Eleitoral, determinou, nessa terça-feira, afastamento do cargo dentro de 24 horas. A vaga deve ser assumida pela suplente Maria das Graças Corrêa, a Graças do PSF, que foi candidata a vereadora pelo PT e recebeu 1.236 votos.

O petista foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral em 20 de dezembro de 2012, devido a denúncia de que durante a campanha eleitoral daquele ano, o Sindicato do Sindicato dos Empregados no Comércio Varejista de Montes Claros, para quem ele já prestou serviços como advogado, distribuiu um jornal, com tiragem de 11 mil exemplares, “enaltecendo o nome do vereador”.

O juiz João Adilson Nunes diz que, “inexplicavelmente”, desde 31 de julho de 2013, a “ordem emanada” pelo TRE ainda não tinha encaminhada para cumprimento, “possibilitando-se a instauração de expedientes protelatórios, sem previsão legal”.

Nessa terça-feira à tarde, o presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores em Montes Claros, Paulo Rogério de Souza, disse que ainda não tinha notificado, mas que vai cumprir a decisão e comunicar à Justiça o nome da suplente Graça do PSF para assumir a vaga na Câmara.

Alfredo Ramos faz oposição sistemática ao prefeito Ruy Muniz (PRB). A supente Graça do PSF evitou de responder como será o comportamento dela no Legislativo Municipal. “Ainda não fui comunicada e ainda vou ver como vai ficar isso”, alegou. A reportagem tentou falar com Alfredo Ramos, mas não conseguiu.

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