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Ex-diretor cita propina da Alstom a estatal de energiaMP denuncia 12 em caso da Alstom em SPEx-diretor diz que Alstom pagou propina no BrasilLobista ensina tucano a obter verba para obra da AlstomGoverno de SP não se manifesta sobre corrupção e réus negam acusaçõesJustiça aceita denúncia do MP de suposto pagamento de propina pela AlstonProcuradores pedem que cópia de denúncia do caso Alstom vá para o STJAlstom reconhece, na França, que pagou propina no BrasilAdvogado nega que EPTE tenha recebido propinaA Polícia Federal juntou ao inquérito um ofício, de 24 de agosto de 1998, de Fingermann para Thierry Charles Lopez de Arias, executivo da Alston. Nele, já presidente da EPTE, Fingermann envia à empresa francesa cópia do Termo de Aditamento ao Aditivo X do contrato Gisel.
“Além de outras pessoas não identificadas, apurou-se efetivamente que receberam vantagens indevidas os funcionários públicos Henrique (Fingermann), Sidnei Martini, presidente da EPTE, e Celso Cerchiari, diretor técnico”, sustentam os procuradores da República Rodrigo De Grandis e Andrey Borges de Mendonça.
Os procuradores destacam que o aditivo representou custo de US$ 45,7 milhões ao Tesouro. Eles constataram que a Alstom e a Cegelec (do grupo francês) pagaram “vantagens indevidas para servidores públicos do Estado em valores de até 16,5% do valor total do aditivo”.
“Verifica-se que Henrique (Fingermann) recebeu 1,5% do valor do contrato, o que representaria, à época dos fatos, R$ 780 mil, valor este que seria pago entre 1998 e 2002, em espécie”, acusam os procuradores. “Foi também ele quem atuou na realização do contrato de financiamento com o banco francês (Société Générale).”
A advogada criminal Carla Di Domênico, que representa Fingermann, é categórica: “Não há nenhuma prova de qualquer recebimento de valores por parte do sr. Fingermann. Muito pelo contrário, ele sempre trabalhou para obter uma condição melhor no financiamento. Já havia aprovação do Conselho de Administração da Eletropaulo, faltava simplesmente implementar o financiamento. Mas o sr. Fingermann, preocupado em alcançar uma condição melhor para a empresa, foi renegociar as cláusulas do contrato.”