Jornal Estado de Minas

Crânio de motorista de JK poderá ser exumado de novo

O corpo de Geraldo Ribeiro está enterrado no Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte, e foi exumado em 1996

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Opala do ex-presidente destruído no acidente na Via Dutra: suspeita sem fim - Foto: Arquivo/EM/D.A Press
São Paulo - Geraldo Ribeiro, amigo e motorista do ex-presidente Juscelino Kubitschek no momento do acidente que o matou, em 1976, pode ser novamente exumado. Desta vez, a pedido da Comissão da Verdade de São Paulo, apenas o crânio é alvo.

A solicitação foi feita após o perito que acompanhou a exumação, em 1996, ter afirmado que viu um buraco de bala na cabeça do motorista. A versão alteraria a tese de que JK morreu em acidente na Via Dutra. 

No ano passado, por solicitação da Comissão Nacional da Verdade, o corpo do ex-presidente João Goulart foi exumado na tentativa de saber se foi envenenado durante a ditadura.

Acidente automobilístico

O corpo de Geraldo Ribeiro está enterrado no Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte, foi exumado em 1996 e a perícia constatou que o fragmento metálico encontrado em seu crânio era um prego do caixão.

O pedido é para que tanto o crânio quanto o metal sejam reexaminados à luz da tecnologia, quase 40 anos depois da morte de JK e quase 20 depois da perícia. A morte de JK entrou para a história como acidente automobilístico. A versão oficial dá conta de que um ônibus teria fechado o Chevrolet Opala do ex-presidente no quilômetro 165 da Rodovia Presidente Dutra, quando ele viajava do Rio de Janeiro para São Paulo