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Defesa dos réus do mensalão comemora decisão do STFMensalão contaminará campanha de Dilma, diz analistaRoberto Jefferson do mensalão diz que evita assistir às sessõesSTF define hoje se réus do mensalão terão novo julgamentoPrisão imediata dos réus do mensalão pode beneficiar trio petistaSenadores do PT dizem que STF fez 'justiça'"Com certeza muda. Só quem quiser tapar o sol com a peneira vai dizer que um outro relator diferente do ministro Joaquim Barbosa não possa ser melhor para a defesa", afirmou. "Está evidente o modo como o ministro Joaquim conduziu o processo. Isso é negar o óbvio. Eu não vou negar", disse. Indagado qual seria esse modo, ele afirmou: "Extremamente rigoroso e extremamente duro." Segundo ele, "nem sempre" ser rigoroso e duro é ser justo.
Marcelo Leonardo disse que seu cliente poderá, no novo recurso, pedir a absolvição pelo crime de formação de quadrilha ou uma redução na pena fixada para esse delito. "Como advogado criminal, eu tenho a obrigação profissional de utilizar todos os recursos que a Constituição e as leis me asseguram. Se eu não interpuser esses recursos, eu posso ser punido eticamente por não exercitar na sua plenitude o direito de defesa", afirmou.
Responsável pela defesa do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), Alberto Zacharias Toron afirmou que não haverá um "rejulgamento da causa como um todo". "O julgamento será pontual, como lembrou o ministro Celso de Mello (nas condenações onde houve quatro votos divergentes). No caso do deputado João Paulo Cunha, será apenas na lavagem de dinheiro e talvez do mandato parlamentar", disse. "O tribunal fez justiça nesta tarde", completou.
O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende o ex-ministro José Dirceu, disse que o voto dado nesta quarta pelo ministro Celso de Mello garante a segurança de toda a sociedade e de todos os acusados. "É uma vitória do estado democrático de direito." "Mas não é uma decisão de um ministro. É uma decisão da maioria do tribunal", ressaltou.
Segundo o advogado, no caso de José Dirceu, a decisão desta quarta-feira possibilitará a reanálise da acusação de formação de quadrilha. Na avaliação de Lima, também será possível rediscutir a dosimetria da pena fixada pelo STF para o ex-ministro, que totalizou 10 anos e 10 meses de prisão.