Quem também tem sido disputado por diferentes siglas é o polêmico presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP). Segundo interlocutores, ele já conversou pessoalmente com representantes do PTB, PRB, PEN, PR e PMDB, mas, por enquanto, permanece no PSC, por onde deve se candidatar ao Senado. Mas os planos verdadeiros do pastor são outros. Em entrevista a um programa de tevê nos EUA no início do mês, Feliciano admitiu ter um preço ao demonstrar a vontade de lançar-se ao posto de presidente do Brasil: “Se algum partido me desse essa legenda, eu entraria nesse barco”.
Assim como ocorreu com a formação do PSD em 2011, a criação da Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, e do Solidariedade, que está em avançado processo para ser fundado pelo deputado Paulo Pereira (PDT-SP), deverá provocar debandadas na Câmara. À época do PSD, 51 deputados foram para a legenda de Gilberto Kassab, reduzindo drasticamente algumas bancadas, principalmente a do DEM.
Agora, o maior ameaçado é o PDT, de onde o Solidariedade deve tirar, pelo menos, sete parlamentares. Ao todo, a nova sigla já contabiliza entre 30 e 40 integrantes com mandato. “O critério de cada um é diferente, desde amizade até a questão do espaço que se pode ter. Quem está concorrendo faz sempre um cálculo se tem chance ou não”, comenta Marcílio Duarte, presidente provisório do novo partido.