Jornal Estado de Minas

Partidário de Marina Silva rebate acusações de fraudes

Matéria públicada em um jornal paulista, nesta quarta-feira, traz denúncia sobre fraudes na coleta de assinaturas para viabilizar o partido de Marina Silva

Marina Silva corre contra o tempo para viabilizar a criação da Rede para a disputa eleitoral do ano que vem - Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A PressIntegrantes da Rede Sustentabilidade avaliam como um “factóide” a denúncia de um jornal paulista, publicadas na edição desta quarta-feira, sobre fraudes e irregularidades na coleta de assinaturas, em São Paulo, para obtenção do registro definitivo do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Infelizmente essas coisas acontecem. Não temos controle dos coletadores na ponta. Mas já estamos apurando os responsáveis por essa susposta fraude”, disse o coordenador da Rede em Minas Gerais e membro da executiva nacional da legenda em gestação, o ex-deputado federal José Fernando de Oliveira.
Oliveira disse também ter estranhado a repercusssão do fato, que ele afirma ser comum acontecer nos processos de coleta de assinaturas para criação de partidos. “Por isso são checados nos cartórios eleitorais e, no nosso caso, também fazemos essa triagem antes de enviarmos as fichas para os cartórios”, explicou. De acordo com Oliveira, “o alarde” com que o assunto está sendo tratado parece apontar no pré-julgamento da principal liderança da Rede, a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, possível candidata à disputa presidencial em 2014.

“Como a Marina está em segundo lugar nas pesquisas e com o menor índice de rejeição, me dá a impressão que estão querendo dizer assim: Olha lá a Marina, fraudando assinaturas para criar o partido”, avaliou Oliveira.

Prazo

No próximo dia 5 de outubro,  termina o prazo para o Rede, criado em frevereiro deste ano, conseguir o registro definitivo para viabilizar não só a candidatura de Marina  Silva no que vem mas também aos demais cargos disputados nas eleições majoritárias (senador, governador) e proporcional de 2014 (deputados estaduais e federais).

Oliveira disse que os apoiadores da nova legenda já foram obtidos em torno de 1 milhão de assinaturas para referendar o partido diante da Justiça. Desse total, no entanto são necessárias, 491 mil asssinaturas de eleitores. De acordo com a lei, todas as assinaturas devem ser conferidas e validadas pelos cartórios eleitorais. “Se não formos vítimas da burocracia e da falta de estruturas dos cartórios eleitorais brasileiros, vamos conseguir cumprir o prazo.”, disse Oliveira.

Irregularidades

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, publicada na edição desta quarta-feira, ao menos dois eleitores do município de Ourinhos, no Oeste Paulista, que aparecem na lista de apoiadores do partido, declararam que não assinaram nenhuma ficha ou documento.

O mesmo indício de fraude teria sido registrado em cartórios de Mogi das Cruzes, em São Bernardo do Campo e em São José do Rio Preto, também no estado de São Paulo.

O promotor responsável, Marcos da Silva Brandini, destacou que deverá ser feito o exame grafotécnico para confirmar a veracidade das assinaturas dos possíveis eleitores.