O deputado estadual João Vítor Xavier confirmou nessa quarta-feira sua ida para o PSDB, alegando que a mudança é motivada por um aumento na taxa de contribuição partidária do Partido Ecológico Nacional (PEN), ao qual se filiou no meio do ano passado. A oficialização será no dia 27, na convenção estadual tucana. Com a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pune a infidelidade partidária com a perda do mandato em vigor, o parlamentar vai usar o reajuste no dízimo da legenda para alegar justa causa para a segunda mudança de partido em menos de um ano – antes ele era do PRP.
Pelo entendimento do TSE, a vaga é do partido. No caso de João Vítor, seria do suplente da coligação PRP - PTdoB, que o elegeu. O novo tucano, no entanto, não espera questionamentos. Segundo ele, as mexidas foram comunicadas no prazo legal, o Ministério Público e o suplente tiveram 2 meses para questionar e não o fizeram.
A triangulação feita pelo parlamentar ainda não foi avaliada pelo TSE, apesar de o PTdoB ter feito uma consulta sobre o tema. Quando um mandatário vai para uma legenda nova, não corre o risco de perder a cadeira, mas se vai direto para um partido pre-existente, pode perder a vaga.
Sem contestação
Apesar de já ter defendido que o partido vá à Justiça contra João Vítor antes, o presidente estadual do PRB, Tibelindo Soares, afirmou ontem que não pretende tomar providências para requisitar a vaga do suplente, que segundo ele é o ex-delegado dr. Rabelo. “Agora, não depende só de mim. O que eu posso dizer é que a melhor coisa que tem é ver crescer alguém que a gente lançou, um amigo, um filho. Mas talvez ele (João Vítor) não estivesse satisfeito e foi procurar um lugar onde tenha mais carinho”, disse.