Leia Mais
Ato contra crimes da ditadura reúne estudantes e índiosDom Arns foi ao Vaticano contra ditadurasOrgãos de controle da ditadura militar usavam metodos facistasTRE defende juiz suspeito de forjar sequestroMPF denuncia agentes da ditadura por desaparecimento de jornalistaMPF denuncia coronel Ustra por ocultação de cadáver na ditadura militarMostra revela fatos inéditos das ditaduras do Cone SulPresidente do TJ-BA ameaça processar UniãoRodrigo Janot fica em 1.º em votação para chefe do MPFPF é 'republicana' e investiga qualquer um, diz ministro da JustiçaDepois de ter sido rejeitada em primeira instância, em maio do ano passado, pela Justiça Federal em São Paulo. A denúncia foi rejeitada nessa quarta-feira, em segunda instância, por 2 votos a 1.
Para o MPF, Ustra e Gravina devem ser imputados pelo crime de sequestro. No entendimento do órgão, como Palhano nunca foi encontrado, a condição de sequestrado continua. O MPF diz ainda que o delito não prescreveu, nem está coberto pela Lei de Anistia, que perdoou os crimes políticos cometidos até 1979.
Palhano foi presidente da Confederação Nacional dos Bancários e vice-presidente da antiga Central Geral dos Trabalhadores (CGT). Com o golpe de 1964, o sindicalista teve seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional nº 1 e foi exonerado do cargo que ocupava no Banco do Brasil. Vítima de perseguições políticas, Palhano se exilou em Cuba e, segundo investigação do Ministério Público, teve suas atividades no exílio monitoradas pelos órgãos de repressão.
Em 1970, Palhano voltou ao Brasil e ficou na clandestinidade, chegando a integrar a Vanguarda Popular Revolucionária, grupo liderado por Carlos Lamarca. No ano seguinte, o sindicalista foi preso pela repressão em São Paulo. Seu último contato com a família data de 24 de abril de 1971.