Senesi nega a existência de atritos com Lacerda. “Não há mágoas na minha relação com o prefeito. Nossa amizade, de mais de 30 anos, está acima da própria prefeitura. Sou um colaborador de primeira hora”, afirmou. Segundo o secretário adjunto, a pasta que passou a ocupar é de extrema importância para o governo de Lacerda pois ele ficará encarregado do contato com lideranças para, principalmente, operar o Orçamento Participativo. Para Senesi, não houve um rebaixamento de função. “Não há regressão nenhuma (em relação ao cargo ocupado antes). Pensar assim é entender a política de forma pequena”, avalia o secretário adjunto.
As movimentações de Lacerda no Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) também mostram que, mesmo excluindo Senesi do primeiro escalão, o prefeito quer o ex-supersecretário por perto. O auxiliar transferido para a Secretaria Adjunta de Gestão Compartilhada substituirá o ex-administrador regional Centro-Sul Harley Leonardo de Andrade Carvalho como um dos representantes do município no Compur. Senesi tinha assento na instância quando era secretário de Políticas Urbanas, mas foi retirado por Lacerda para dar lugar a seu substituto na pasta, o vereador Daniel Nepomuceno (PSB).
Candidatura
Para outros correligionários de Lacerda, o prefeito, ao transferir o ex-supersecretário para a Gestão Compartilhada, estaria atendendo um desejo do próprio Senesi, que teria interesse em se candidatar a deputado federal. “Vamos saber rapidamente se a intenção é realmente essa, porque se for, Lacerda tem que colocar o ex-supersecretário imediatamente na vitrine da prefeitura. Se isso não acontecer a curto prazo, foi fritura mesmo”, diz um ex-parlamentar da base do governo. Senesi não descarta a intenção de ser candidato a deputado federal. “Vamos decidir no momento certo. No momento, isso não está nos meus planos”, disse. Senesi é filiado ao partido de Lacerda.