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Quatro nomes em evidência para sucessão no governo de MinasAnastasia diz que país vive crise federativaAnastasia anuncia novo nome para Secretaria do TrabalhoFamílias em Santa Luzia ficam no prejuízo por causa de pavimentação de estradaCom obras ainda longe de sair do papel em todas as regiões de Minas, um dos exemplos da dificuldade em acelerar o programa estadual está entre Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o distrito de Ravena. O trecho de 12 quilômetros de estrada de terra vermelha batida serve de rota de escape apenas para motoristas mais aventureiros que querem evitar os frequentes engarrafamentos da BR-381. Com o projeto ainda a ser licitado e sem data para o início da pavimentação, a estrada curvilínea e cheia de aclives e declives é rota também para pequenos caminhões de uma mineradora que explora a região. Mas um mecânico que tem uma oficina às margens da rodovia, que se identificou apenas como Benedito, garante que veículos maiores não conseguem vencer o percurso até Sabará.
Meta Para chegar próximo da meta prevista até o fim de sua gestão à frente do Palácio da Liberdade, em dezembro de 2014, o governador Antonio Anastasia (PSDB) terá de aumentar significativamente os investimentos para a pavimentação das rodovias em todas as regiões do estado. Apesar de não ter um prazo oficial para o término do programa, a integração das cidades mineiras como forma de reduzir as desigualdades regionais foi considerada uma das prioridades da atual gestão. O Caminhos de Minas, planejado para dar sequência às ações do Proacesso – outro programa de asfaltamento de vias estaduais criado em 2004 e encerrado em 2009 –, foi lançado como o maior conjunto de obras de infraestrutura viária do estado.
Entretanto, a valorização presente no discurso ainda não ocorreu na prática e até agora foram poucas as máquinas e funcionários liberados para recuperar as MGs. No semestre seguinte ao lançamento, em 2010, não foi registrado nenhum gasto com o Caminhos de Minas e, em 2011, somando a elaboração de projetos executivos e estudos técnicos, foram gastos R$ 10,9 milhões. A partir do ano passado, o dinheiro reservado para o programa passou a contar com um aumento expressivo, chegando a R$ 279 milhões. Neste ano, foram gastos até a semana passada mais R$ 35,2 milhões. Apesar do aumento da verba reservada em 2012, somados todos os gastos do programa desde seu lançamento, o Caminhos de Minas recebeu apenas 6% do montante prometido.
Licitação O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Carlos Melles, avaliou que a morosidade na liberação de recursos foi o principal motivo para a baixa execução nos dois primeiros anos do programa. “Depois de trabalhar nos projetos, que a pedido do governador vão priorizar um pouco de cada região do estado, 63 obras serão licitadas em abril e algumas no segundo semestre”, disse o secretário, acrescentando que até o fim do ano que vem espera ter 40 dessas obras entregues. Segundo Melles, os R$ 3 bilhões estão garantidos para tirar todos os projetos do papel.