Jornal Estado de Minas

Passeata contra pastor Marco Feliciano reúne cerca de 800 pessoas no centro de BH

Movimento reuniu manifestantes na Praça Sete por volta das 14h deste sábado

Lucas Rage

Cartazes, faixas e palavras de ordem ocuparam o Centro de Belo Horizonte pela segunda vez em uma semana - Foto: Euler Júnior / EM / DA PRESS

Pela segunda vez em menos de uma semana, belo-horizontinos tomaram as ruas para protestar contra a presidência do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da câmara dos Deputados. Em um movimento organizado em parceria entre a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis, Transexuais e Transgêneros (ABGLT) e o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Belo Horizonte (CELOS - BH), manifestantes se reuniram na Praça Sete com cartazes, faixas e palavras de protesto.

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A concentração, iniciada às 14 horas, seguiu as Avenidas Afonso Pena e Amazonas e terminou na Praça da Estação, onde um carro de som foi disponibilizado para aqueles que desejassem expressar seu descontentamento com lemas como "para lutar e resistir, Feliciano vai cair".

O protesto ocorreu simultaneamente em diversas cidades do país e contou com a adesão de cerca de 800 pessoas em Belo Horizonte. Ao todo, 285 entidades filiadas à ABGLT se manifestaram em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Pará e Brasília em protesto ao pastor e deputado federal.

"O ato foi muito bom e demonstrou que a população de Belo Horizonte não está satisfeita com a presidência de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos", explicou Carlos Magno da Fonseca, presidente da ABGLT e organizador do evento na capital.

Segundo Fonseca, o objetivo da mobilização nacional é não somente a expulsão de Feliciano do cargo, mas tambvém a formação de uma Comissão de Direitos Humanos plural e democrática. "Queremos um órgão que nos represente plenamente, algo que não acontece nos dias de hoje", afirmou.

Para Carlos Magno, as manifestações em repúdio ao pastor estão longe de acabar e, se Feliciano insistir em sua permanência no cargo, provisões mais drásticas serão tomadas. "Caso continue na presidência, a ABGLT entrará com uma representação denunciando o país no comitê de direitos Humanos ONU", avisou. "Não podemos contar com um indivíduo racista, homofóbico e envolvido em corrupção nos representando", completou o organizador

Além de membros da comunidade LGBT, o protesto contou com a participação membros do movimento de direitos humanos, do movimento negro e representantes de religiões afrodescendentes.