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Governo de Minas estuda inscrever contribuintes inadimplentes no SPCSTF proíbe inclusão de Minas no cadastro de inadimplentesEmbora geralmente o Judiciário reconheça o crédito do Estado, não é fácil reaver o dinheiro. Os entraves começam pela demora na tramitação das ações e vão até a dificuldade em encontrar o credor ou bens que possam ser penhorados. Para se ter uma ideia, ao longo de 2011 foi arrecadado apenas 1,65% do total da dívida ativa mineira, ou cerca de R$ 400 milhões. E desse valor, R$ 213 milhões foram parcelados. O tempo médio entre o ajuizamento do processo judicial e o pagamento dívida tem sido de até 11 anos, isso porque muitas ações – especialmente aquelas envolvendo grandes empresas – costumam chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), última instância do Judiciário.
Uma outra alternativa para receber o dinheiro é a adoção de programas de anistia com o perdão de juros e multas aplicadas ao valor principal. A última anistia concedida em Minas Gerais foi em 2010 e arrecadou R$ 1 bilhão, o equivalente a 20% do valor negociado. Hoje, o principal da dívida é de R$ 5,85 bilhões, enquanto juros, multas e correção somam pouco mais de R$ 24 bilhões.