Na nota que divulgou ontem, Roberto Jefferson nega ter participado de qualquer esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada do governo. Três ministros do Supremo já reconheceram a existência do mensalão, nos mesmos termos da denúncia da Procuradoria Geral da República. “Reafirmo: não vendi o meu partido ao PT nem me apropriei para fins pessoais de nem um centavo sequer do dinheiro que a mim chegou para financiar campanhas eleitorais”, garantiu o deputado cassado. “Muito menos sou delator, alcunha com que tentam à força me marcar. Não sou vítima de ninguém, a não ser de mim mesmo. Nada a reclamar”, acrescentou.
A nota do ex-presidente nacional do PTB termina com uma citação em latim, que mostra a aceitação de Jefferson diante da condenação pela maioria da Suprema Corte. “Dura lex, sed lex”, declarou. A expressão significa “a lei é dura, porém é a lei.” Apenas seis dos 10 ministros se manifestaram sobre o caso de Roberto Jefferson. Já há maioria pela condenação, mas se quatro magistrados absolverem o réu, a defesa poderá apresentar um embargo infringente ao Supremo pedindo que a decisão seja revista.