O quarto dia do julgamento do caso mensalão – Ação 470 -, no Superior Tibunal Federal (STF) começou nesta terça-feira por volta das 14h30 com a defesa do publicitário mineiro, Cristiano de Mello Paz. O advogado Castellar Guimarães Filho começou a sustentação oral ressaltando a carreira do publicitário. “Cristiano mantém inabalável o conceito de credibilidade que tem com os meios de comunicação, com o mercado, com o comércio. É reconhecido e aplaudido como publicitário e homem de criação, e mantém a confiança de seus clientes”, ressaltou. Ainda segundo ele, a nova agência de Paz - Filadélfia Propaganda -, “não possui, por opção, nenhuma conta pública”. O foco da estratégia do advogado foi o bom relacionamento do cliente com o mercado e que ele só foi citado nos autos devido a sociedade com Valério.
Na opinião do advogado, a acusação é insustentável, já que nos autos não existe pergunta sobre atuação, ocupação ou função de Cristiano Paz que sirva para fundamentar a acusação o tornando réu no processo. “No momento em que os autos desta ação foram ao procurador-geral da República, eu convivi com um otimismo contagiante. Acreditava, pelo que via da prova, que Cristiano Paz tivesse o reconhecimento de que faltam nos autos provas para embasar o pedido de condenação”, ressaltou.
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Castellar Guimarães Filho finalizou a defesa oral 45 minutos depois, pedindo a absolvição de Cristiano Paz. “A defesa pede, espera e confia na absolvição de Cristiano como uma homenagem, costumeira a esse tribunal, que sempre faz justiça”, finalizou.
Pelo cronograma do Supremo Tribunal Federal, a fase da defesa dos réus acaba no próximo dia 15. Mas se h ouver atraso, o STF poderá incluir mais advogados por sessão. Por enquanto, são cinco clientes defendidos por dia. Nessa segunda-feira, manifestaram-se na tribuna os advogados de José Dirceu de Oliveira e Silva, José Genoíno Neto, Delúbio Soares de Castro, Marcos Valério Fernandes de Souza e Ramon Hollerbach Cardoso.