Segundo Rands, que foi líder do PT na Câmara na gestão do presidente Lula, sua candidatura, nas prévias, buscou construir uma legítima renovação dentro do PT e da coligação da Frente Popular, aliada a uma luta pela "renovação de procedimentos com o objetivo de reforçar as práticas democráticas". Porém, ao seu ver, "setores dominantes da direção nacional do PT" já tinham outro roteiro: "cometeram o grave equívoco de ter a pretensão de impor, a partir de São Paulo, um candidato à Frente Popular e ao povo do Recife".
"Percebi terem sido infrutíferas e sem perspectivas minhas tentativas de afirmar a compreensão de que o 'como fazer' é tão importante quanto os resultados", observou ele, ao lembrar que as divergências teriam ficado "mais claras e insuperáveis" depois do recente processo das prévias.
"Concluí que esgotei por inteiro minha motivação e a razão para continuar lutando por uma renovação no PT", diz ele, ao destacar que "no Recife e em outros lugares, infelizmente, têm prevalecido posições da direção nacional, adotadas autoritária e burocraticamente, distantes da realidade dos militantes na base partidária".