Atualmente, os vereadores de Belo Horizonte votam de forma secreta em duas situações. A mais frequente se refere a vetos do Executivo a projetos de lei aprovados na Casa. A outra situação é em processos de cassação de outros parlamentares. A proposta apresentada pelo vereador Henrique Braga (PSDB) prevê que a cada sessão os vereadores decidam, por maioria de dois terços, se a votação será secreta. Já Fábio Caldeira (PSB), apresentou emenda ao texto de braga em que propõe a extinção do sigilo nas votações da Câmara.
Apesar de antagônicas, as propostas fazem parte da Pelo 15/2012, e os parlamentares terão que escolher uma delas. Na primeira, proposta por Braga, os vereadores iriam se indispor com a opinião pública que tem feito pressão no plenário. Já na de Caldeira, há reclamações de que os membros do Legislativo municipal estariam expostos e poderiam sofrer represárias.
Nessa terça, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), atendeu aos apelos de um grupo de parlamentares que vinha pressionando-o a colocar o fim da votação secreta para cassação de mandatos em votação desde a semana passada. Sarney anunciou que a matéria entrará na pauta da próxima quarta-feira, dia 13. Há quase dois anos, o Senado tem uma proposta pronta para ser apreciada em plenário. Se fosse aprovada em dois turnos de votação, precisaria ainda ir para a Câmara dos Deputados.