Desde o ano passado havia uma disputa de poder travada entre as cúpulas das duas instituições. Flores deixa o cargo sob suspeita de envolvimento no vazamento para a imprensa de dossiês que culminaram na demissão de importantes executivos do banco. A falta de hierarquia foi seu principal pecado, dizem fontes ligadas ao fundo de pensão. Comenta-se que ele cavou sua demissão ao não acatar determinação da presidente Dilma para colocar um ponto final na disputa por poder travada com Bendini.
Durante a reunião do conselho de deliberativo da Previ que ratificou o destino de Flores ficou decidido ainda arquivar um processo administrativo aberto para apurar a compra de um imóvel em Brasília feita pelo executivo em dinheiro. Apesar de arquivada, a investigação ainda segue no Ministério Público Federal.
Economista, de 48 anos, Flores deve sair da fundação para comandar uma coligada do grupo. As especulações apontam, para a presidente da Brasilprev, cargo ocupado até o início do mês por Sérgio Rosa, antecessor de Flores na Previ.