O procurador também reafirmou que a Operação Monte Carlo - que resultou na prisão de Cachoeira - não teria existido sem a estratégia de segurar os resultados da Operação Vegas, concluída em 2009, que apurou exploração de jogos ilegais em Goiás. “As apurações seriam limitadas e acanhadas e, agora, temos crimes de licitação e de lavagem de dinheiro”.
A CPI mista instalada para apurar o envolvimento de Cachoeira com autoridades e empresários questionou Gurgel sobre a demora em prosseguir com as investigações resultantes da operação Vegas, de 2009. Segundo os parlamentares, na época já havia indícios de envolvimento de parlamentares no esquema montado por Cachoeira, que foram ignorados pelo procurador.
Os parlamentares queriam convocar Gurgel para depor na comissão, mas optaram por enviar os questionamentos por escrito no último dia 15 de maio. A alternativa foi adotada devido à recusa do procurador em comparecer pessoalmente à CPMI, alegando que isso impediria que ele continuasse as investigações sobre o envolvimento de Cachoeira com parlamentares.
As cinco perguntas encaminhadas ao procurador querem saber em que circunstâncias chegaram os autos da Operação Vegas à Procuradoria-Geral da República; quando os dados chegaram; quais as providências adotadas por Gurgel diante dos indícios levantados pela PF; em que data e em quais circunstâncias a Procuradoria Geral da República teve conhecimento da Operação Monte Carlo e quais providências foram tomadas em relação à Operação Monte Carlo.