O primeiro a questionar Cachoeira foi o relator da CPMI, o deputado Odair Cunha (PT-MG). Cunha perguntou sobre a origem de renda que ele declarou nos últimos anos, se viriam de empresas ligadas a Delta. O relator também questionou a relação de Cachoeira com a Construtora Delta e sobre bens imóveis mantidos fora do país. Diante de todos as perguntas, o bicheiro apenas dizia que não falaria antes da audiência com o juiz, mesmo após Odair Cunha indagar se ele falaria em uma possível sessão secreta.
Já o deputado Fernando Francisquini (PSDB-PR) reclamou da postura de Cachoeira. “O depoente não pode achar que aqui tem um monte de palhaço”, reclamou. O depoente chegou a afirmar que os parlamentares “forçaram” a ida dele à CPMI antes da audiência com o juiz. “Antes de eu depor no juiz eu não posso falar, não vou falar. Depois disso, vamos ver. Foi o pedido de sempre para reavaliar nossa vinda. Quem forçou foram os senhores”, afirmou cachoeira.
Início da sessão
Primeiros a falar, os parlamentares do PSDB, deputado Carlos Sampaio e Fernando Francischini concentraram as indagações na relação de Cachoeira com Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, e o de Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. O deputado Franchisquini foi além e perguntou se o contraventor aceitaria a proposta de delação premiada, para “passar a vassoura” no Congresso Nacional. Franscisquini também defendeu que sejam ouvidos o governadore de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), além da quebra do sigilo da Construtora Delta nacional.
A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) chegou a propor que a sessão para ouvir o depoimento do empresário fosse encerrada e, em seguida, os trabalhos fossem reiniciados como parte de sessão administrativa, onde poderiam ser votados requerimentos para quebra de sigilo e outras convocações. Alguns parlamentares alegaram ainda que o silêncio de Cachoeira, antecedido por várias perguntas de cada parlamentar da CPMI, estava servindo de munição para a defesa do empresário em futuras ações judiciais.
O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), encerrou a sessão pouco depois das 16h30, após o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), colocar em votação o requerimento da senadora Kátia Abreu, que pedia o fim da sessão. A proposta foi aceita pela maioria dos presentes.
Com Agência Brasil