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Estado de Minas

Iniciativas que ajudam o eleitor a fiscalizar o trabalho dos parlamentares não pegou


postado em 06/05/2012 08:34

Imagine se os brasileiros fiscalizassem a atuação de todos os vereadores de suas respectivas cidades. Isso ocorreria de forma coletiva, sendo que cada eleitor ficaria responsável por informações de um parlamentar e tudo seria divulgado em uma rede única, compartilhada por todos. A ideia já existe, mas não ganhou fôlego. Três anos depois de ser lançado, o projeto Adote um vereador tem a adesão de apenas 14 municípios, em um universo de 5.563. Belo horizonte não teve nenhum vereador adotado.

Somente em São Paulo, de onde se originou a iniciativa, algumas cidades participaram mais ativamente. Na capital, por exemplo, a campanha ganhou um site separado, com equipe própria. Mesmo assim, apenas 18 dos 55 vereadores foram adotados. O aposentado Alecir Macedo, de 54 anos, que atua como voluntário no projeto e adotou o vereador Netinho de Paula (PCdoB), afirma que no caso da capital paulista a fiscalização funciona por não depender exclusivamente dos adotantes. Outros locais em que o método “pegou” foram Sorocaba, Mauá e Tabuão da Serra, no interior paulista.

Alecir acredita que o projeto não tenha prosperado em BH por não haver ninguém trabalhando na mobilização popular. Ele pondera que o Adote um vereador é uma forma de contribuir para o esclarecimento político da população. “É uma ação voluntária e a ideia é trabalhar formando uma rede de webcidadania. Cada adotante monta um blog e por meio dele vai armazenando notícias do político escolhido”, explica. O Distrito Federal é outro exemplo bem-sucedido. Também com site próprio, o Adote um distrital tem participação ativa na fiscalização e transparência dos atos dos parlamentares. “O importante é o cidadão participar um pouco mais dentro das casas legislativas. Afinal de contas, nosso compromisso não acaba com o voto”, argumenta Alecir Macedo.

O projeto não tem estatísticas de adesão, mas basta dar uma olhada na página wiki, que é uma plataforma de uso coletivo, para ver que poucos são os vereadores fiscalizados. No mapa não constam adotados em Minas Gerais. Há porém uma usuária que informa ter acompanhado um vereador em Nova Lima e uma parceria com o projeto Adote um município câmara aberta de Viçosa. Já no projeto Amarribo Brasil, outro site de combate à corrupção, associações de 31 cidades mineiras estão cadastradas. São mais de 200 organizações integrantes do projeto da organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), que prega a fiscalização dos gastos públicos.

Envolvimento Para o cientista político Malco Camargos, a fragilidade está no fato de contar com a disposição do eleitor. “As pessoas não têm tempo hábil de se envolver e a política traz pouco retorno”, avalia. O diretor do Instituto Ágora em Defesa do Eleitor, Gilberto de Palma, conta que o Adote um vereador foi criado pela entidade em 2009, para que estudantes de escolas públicas fossem os fiscais. A ideia foi assumida por jornalistas paulistas. “Há uma demanda real, ou seja, a classe política está muito distante da população e todos reconhecem a necessidade de retomar essa prestação de contas. Mas há uma equação a ser resolvida: quando temos a divulgação dos órgãos de imprensa as pessoas dão retorno”, disse.

Onde participar

vereadores.wikia.com
www.amarribo.org.br

Onde procurar informações sobre os políticos

www.contasabertas.com.br
www.transparencia.org.br
Sites das câmaras municipais e assembleias, nos links de transparência


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