Jornal Estado de Minas

Líder do PT na Câmara defende Agnelo de envolvimento com Cachoeira

Nessa quinta, os partidos começaram a recolher as assinaturas para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar as relações políticas de Cachoeira

AgĂȘncia Estado
O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), saiu em defesa do governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz, citado em conversas telefônicas entre os integrantes do esquema do empresário do jogo, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na operação Monte Carlo da Polícia Federal.
"Ninguém tem compromisso com o malfeito. Se o agente público cometeu ilicitudes vai ter de pagar e isso serve para todos. Eu acredito no comportamento e na postura corretos do nosso governador. Nós não vamos aceitar que ele (Agnelo) seja cristianizado (bode expiatório) na disputa política", completou. Tatto afirmou que as operações da PF, Vegas e Monte Carlo, pegam principalmente políticos do DEM e do PSDB e, por isso, parlamentares dos dois partidos querem desviar o foco para o governador do DF e para o caso Waldomiro Diniz.

"A oposição está ferida e sangrando, porque construiu um discurso moralista que se voltou contra ela. As investigações pegam fortemente a oposição, o senador Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo, do PSDB. A oposição está preocupada. Eu acredito na honestidade do governador Agnelo. Eu acredito no governador do PT e não acredito no governador do PSDB. O governador Perillo, este sim, tem coisa contra ele.", afirmou o líder petista.

Nesta quinta, os partidos começaram a recolher as assinaturas para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar as relações políticas de Cachoeira, que deverá ser criada na próxima semana. O PSOL quer ampliar o número de integrantes, fixado em 15 deputados e 15 senadores titulares, para 17 parlamentares de cada Casa. Essa seria uma forma de o partido ter uma vaga na comissão. Há ainda uma vaga destinada aos pequenos partidos que é ocupada na forma de rodízio.

Tatto afirmou que o acordo para a criação da CPI já alterou o número originalmente de 11 deputados e 11 senadores para atender a oposição. "Vamos dar uma chupeta para ele (PSOL). O PSOL tem de reclamar com o povo que não está votando nele", disse Tatto. As vagas para a CPI são distribuídas entre os partidos de acordo com o tamanho das bancadas eleitas. O PSOL tem três deputados e um senador.